Roubei o Primeiro Beijo do Bad Boy
Addalynn Reina é apenas uma garota comum. Ela tem pais amorosos, uma vida confortável e uma melhor amiga. Dançar é sua paixão absoluta e ela é conhecida por ser uma pessoa gentil e atenciosa. Quem não gostaria de estar perto dela? Infelizmente para Addy, a resposta a essa pergunta é seu vizinho/paixão de longa data/bad boy do ensino médio Asher King, que nem olha em sua direção. Isto é, até que ela decida esmagar seus lábios ressecados nos lábios deliciosos de Asher em uma noite fatídica. E ele não sabe que foi ela. Agora ele quer que ela o ajude a pegar a garota que roubou seu primeiro beijo – em troca de guardar para si um de seus maiores segredos. Mas como Addy pode ajudá-lo a pegar o culpado quando ela é a culpada?
Classificação etária: 18+
Perseguindo o Bad Boy
ADDY
Como todos os dias, vou na pontinha dos pés até a janela e dou uma olhada para ver se meu vizinho gostosão está no seu quarto.
E, como todos os dias, ele está deitado na cama com o violão, tocando um sonzinho suave. Fico olhando para ele com desejo.
O nome dele é Asher King.
O bad boy da Northwood High e o ser humano mais lindo que já vi em meus dezessete anos de vida.
Ele não percebe que estou olhando. Nunca percebe. Mesmo que eu deseje desesperadamente sua atenção, ele nunca olha em minha direção.
No entanto, suas cortinas estão sempre abertas.
Uma vez, para meu total constrangimento, cheguei a desfilar pelo meu quarto seminua, de sutiã e calcinha! Mas ele olhou? NÃO.
Quero dizer, vamos lá. Posso não ser a garota mais gostosa do mundo, mas quando você pode olhar diretamente para o quarto da vizinha em frente ao seu e ela está desfilando seminua, VOCÊ OLHA!
Simples assim!
O idiota nem sequer se mexeu naquele dia. Estava muito ocupado jogando no celular.
Vinte minutos depois, desisti. Depois disso, nunca mais fiz essas coisas. Na verdade, fiquei ainda mais insegura em relação ao meu corpo do que antes.
Que idiota!
Asher se levanta, colocando o violão no chão. Em seguida, pega a parte de baixo de sua camiseta. Aproximo meu rosto da janela, tentando ver melhor.
Mas antes que eu tenha a chance de ver seu abdômen definido, sou levada para longe do meu lugar favorito no meu quarto e a cortina bege é puxada para a direita, protegendo a vista.
Um tapa na parte de trás da minha cabeça me desperta do meu transe, e eu grito de surpresa.
"Ei!" Esfrego a cabeça e franzo a testa antes de olhar para cima e ver minha melhor amiga me encarando.
Sorrio timidamente para ela, coçando o pescoço sem jeito. Depois, faço a minha cara mais fofa de cachorrinho, rezando para que ela ignore o que acabou de testemunhar.
Mas é claro que ela não cai nessa. Só o papai cai.
"Achei que você ia parar com essa bobagem!" Kaylee franze a testa para mim.
"Eu ia, mas não deu!" Eu digo, virando-me e marchando em direção à minha cama.
"Por que não, Addy? Ele nem olha na sua direção. Eu me pergunto se ele sabe que você existe, para começar!"
Eu bufo, jogando um livro na direção dela. Ela o pega com facilidade antes de se sentar ao meu lado na cama.
"Olha, eu sei que você gosta dele. Talvez você não o conheça pessoalmente, mas está caidinha por ele há muito tempo.
"Desde o dia em que ele se mudou para cá, há oito anos, você ficou fascinada, mas acho que está na hora de virar a página," ela sussurra, aproximando-se de mim.
Mordendo o lábio inferior, eu me enrolo na cama.
"Não entendo! Sou tão feia assim? Por que ele nem olha para mim?" resmungo.
"Eu sei! Sei que você tentou chamar a atenção dele - de maneiras estranhas".
"Meus métodos não são estranhos!" Eu a encaro.
"São bem estranhos, mas ele é um idiota que não consegue ver como você é uma pessoa maravilhosa!" Ela coloca seu rosto em frente ao meu. "Você merece coisa bem melhor."
Eu balanço a cabeça para ela.
"Não, você está errada!" murmuro.
"O que você quer dizer com isso?," ela pergunta.
"Você está errada. Ele é que merece muito mais do que eu." Olho ansiosamente na direção do quarto dele.
"Addy…" Kaylee começa a protestar, mas eu a interrompo.
"Ele merece alguém que não seja uma aberração. Quero dizer, olha para mim. Eu o estou perseguindo há oito anos! Oito anos!
"Nesses oito anos, não conversei com ele nem uma vez sequer! Mas ainda sei muito sobre ele! Tenho vergonha de mim mesma..."
"Você sabe que não é assim," ela diz calmamente, mas fecho os olhos com força, esperando que meu coração dolorido tenha um pouco de paz.
"Kaylee, você poderia me deixar sozinha um pouco?" Pergunto, olhando de volta para ela.
Seus olhos têm uma expressão triste.
"Tá, eu entendi. Espero que você se sinta melhor logo!" Ela me abraça com força, e eu a abraço de volta.
"Não deixe que essa paixão boba te afete!"
Aceno com a cabeça e olho para baixo, para os punhos cerrados em meu colo.
Quando olho para cima novamente, ela não está mais lá.
Estou me sentindo mal. Nós deveríamos ter passado a noite juntas, e ela acabou de chegar, mas eu preciso ver alguém.
Tipo, agora mesmo.
Então é exatamente isso que eu faço. Coloco uma calça jeans qualquer, um blusão, meu boné e, por último, meu tênis de corrida. Daí abro a porta.
"Mamãe, papai, estou indo dormir!" Eu grito e espero uma resposta.
"Muito bem, querida! Durma bem! Boa noite!," eles gritam de volta.
Sorrio para mim mesma e fecho a porta novamente, trancando para ter certeza de que ninguém vai perceber que vou ficar fora por um tempo.
Com meu telefone no bolso, saio pela janela, algo em que sou um profissional depois de toda a prática, mesmo que meu quarto seja no terceiro andar.
Ao descer, algo faz um corte profundo na minha mão e eu grito. Ouço um som atrás de mim e me viro, olhando rapidamente para o quarto do Asher, mas não há ninguém lá.
Olho de volta para minha mão, onde o sangue está escorrendo.
"Merda, mamãe e papai não podem descobrir que você sai escondido, Addy!" murmuro em voz alta para mim mesma.
Grito internamente quando a dor aumenta e desço até o fim, sabendo que vou cair se não o fizer. Uma vez no chão, pego meu celular e acendo a lanterna, examinando meu ferimento.
Balanço a cabeça, tentando encontrar outra solução. Se eu conseguir estancar o sangramento, poderei voltar a trabalhar.
Minha mão escorrega por baixo do blusão e pego meu sutiã.
Um sutiã esportivo de algodão. Tenho muitos em casa; ninguém vai notar se eu estragar este. Enquanto mantenho minha mão machucada imóvel, tiro o blusão do meu corpo.
O vento roça em meu torso nu, vestido apenas com um sutiã esportivo. Meus dedos agarram a peça de roupa que preciso para estancar o sangramento quando, de repente, ouço uma tosse.
Meu corpo inteiro congela, e meus olhos olham freneticamente ao redor.
Mas não há ninguém aqui, e não há como Asher... Olho novamente para o quarto dele. Eu estava certa, suas luzes estavam apagadas, como antes.
Tiro o sutiã, tremendo um pouco antes de vestir o blusão novamente. Em seguida, pego o sutiã e o enrolo firmemente em minha mão.
O sangramento para e eu sorrio para mim mesma.
Antes que eu me dê conta, estou correndo pela noite fria, sem perceber que um par de olhos está me perseguindo mesmo depois de eu ter desaparecido no oceano de árvores.
