Andromeda, a única filha em uma família de sete, faz história como a primeira mulher recrutada para a NHL, juntando-se aos Sounders. Feroz e determinada, ela está pronta para provar seu valor no gelo. Mas quando ela conhece Blake, o melhor defensor da liga, as faíscas voam dentro e fora da pista. Blake fica cativado pela habilidade e força de Meda, percebendo que ela é a única mulher que poderia mudar sua vida para sempre. Em um mundo dominado por homens, Meda deve navegar sua carreira pioneira e a intensa conexão que compartilha com Blake. Será que ela pode ter tudo?
MEDA
Era o terceiro e último tempo da final do Campeonato Estadual de Hóquei do Ensino Médio de Michigan, e eles estavam atrás no placar por um gol.
Este era o segundo ano consecutivo de Meda como a capitã do time. O jogo estava intenso. As duas equipes estavam exaustas. Alguns jogadores começavam a fraquejar, mas Meda não deixaria isso acontecer. Ela queria levar seus Wildcats a mais um título estadual, mesmo que fosse um desafio.
Os times se reuniram no centro da pista para o face-off. Meda procurou seu pai na arquibancada, que fez um aceno com a cabeça. Em seguida, ela olhou para seu irmão gêmeo, Apollo, que repetiu o gesto. Ela sorriu para o grandalhão à sua frente e mandou-lhe um beijinho. Era hora de mostrar do que ela era feita.
O árbitro soltou o disco, e os Wildcats o agarraram num piscar de olhos, deslizando pelo gelo em alta velocidade. Meda se movimentava com destreza, driblando seus oponentes enquanto ficava de olho nos jogadores mais brutos e em seu irmão.
Seus adversários, os Quinn Lakes Beavers, eram implacáveis e jogavam sujo. Toda vez que ela bloqueava um passe, levava uma pancada. Toda vez que pegava o disco, ela era atingida.
Ela tinha sido alvo de muitas pancadas durante o jogo, principalmente de um jogador” Blake Reinholdt. Nossa, ela odiava esse cara. Ele a trata mal desde que eram pequenos e competiam na liga mirim, reclamando constantemente que tinha que jogar com uma “menininha”.
Ela era durona, e ele queria pará-la. No entanto, ele não fazia ideia do quanto ela era resistente.
Apollo gritou e passou o disco para ela, que rapidamente o fez voar pelo gelo até chegar em Ethan Gray, o pivô dos Wildcats. Com um golpe certeiro, Ethan marcou o gol, e a sirene soou.
Depois de alguns high-fives rápidos, as equipes se prepararam para voltar ao jogo. Restava pouco tempo, e o próximo gol decidiria o campeão.
Desta vez, os Beavers pegaram o disco e partiram para o ataque. Seria preciso suar a camisa para recuperá-lo. Os Wildcats estavam com uma defesa sólida, e era difícil furar o bloqueio. Os Beavers jogavam sujo, mas os Wildcats não se deixaram abalar.
O jogo estava pegando fogo. Os jogadores estavam bloqueando, disputando o disco e se chocando sem parar. Os gêmeos estavam dando dor de cabeça para o time adversário. Segundos antes do apito final, a luz no gol dos Wildcats se acendeu.
GOL!
Os Wildcats tinham vencido mais uma vez!
Enquanto o time comemorava efusivamente, Meda sentiu-se cheia de orgulho.
Os Beavers se alinharam para o cumprimento, mas estavam com cara de poucos amigos.
“Seu lugar não é aqui, loirinha”, disse Blake, espumando de raiva.
Meda sorriu e piscou.
“Você já devia ter aprendido a lição depois de todos esses anos, Blakey.”
Blake a fuzilou com o olhar. “Em alguns anos, quando eu estiver jogando nas grandes ligas, você vai ser apenas o depósito de porra de alguém, cuidando de bebês.”
O rosto de Meda ficou vermelho de vergonha, mas ela apenas sorriu para ele.
“Até a próxima, Blakey. Mal posso esperar para acabar com você de novo.”
Ela encontrou seu irmão, deu o braço a ele e seguiu para o ônibus da equipe, tentando tirar Blake Reinholdt da cabeça.
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DAMON
Damon Dakiedes estava radiante. Ele acabara de falar com seus advogados, e as notícias eram melhores do que esperava. A NHL dera o sinal verde, e já tinham uma proposta na mesa. Ele mal podia esperar para contar à sua filha, Andromeda. Ela ficaria nas nuvens. Desde pequena, ela sempre sonhara em jogar hóquei.
E que jogadora ela era! Ela levou o seu time do colegial ao campeonato estadual de Michigan duas vezes. Além disso, ela foi capitã do time Wolverines, junto com seu irmão gêmeo, Apollo, na Universidade de Michigan. Era ágil e forte, especialmente com um taco de hóquei nas mãos.
Damon sorriu e passou a mão pelos cabelos pretos. “Conseguimos”, murmurou. Sua filha iria jogar hóquei profissional!
“Oi, Baba, está tudo bem? Ouvi você gritando”, disse Andromeda da porta do escritório. Damon ergueu os olhos e abriu um sorriso para sua filha.
“Meda, querida, conseguimos”, ele sussurrou cheio de carinho.
“Não brinque comigo, Baba”, ela disse, entrando no escritório e parando na frente da mesa do pai. No entanto, ao ver a cara de felicidade dele, ela ficou em alerta. “Eles... eles toparam?”
Damon foi até ela e a abraçou apertado. “Conseguimos, Meda! Você vai jogar hóquei profissional! Eles não só toparam, mas também já fizeram uma oferta. Meus advogados estão analisando-a agora.”
Ele se afastou, e ela segurou o rosto dele.
“Meu Deus!”
Damon sorriu ainda mais e a abraçou novamente.
“Sua mãe estaria tão orgulhosa de você. Eu sei que eu estou.”
Meda estava sem palavras. Ela nunca imaginara que a liga permitiria uma mulher jogar em um esporte dominado por homens. Ele nunca pensara que seria a pioneira. Mas ela era filha de Damon, e ele não sabia o que era desistir. Damon sempre a incentivara a dar o seu melhor.
Ela começou a chorar de alegria quando sua ficha finalmente caiu.
“Não acredito! VOU JOGAR HÓQUEI PROFISSIONAL!”
“Ei, Baba! Por que você está gri…”
Apollo parou no meio da frase ao entrar no escritório. Ele viu sua irmã chorando e a abraçou na hora.
“Sinto muito, maninha. Aqueles cabeças-duras não conseguem ver como você é incrível só porque não é um garoto. São uns tapados…” Ele suspirou, chateado.
Os gêmeos jogavam hóquei juntos desde os quatro anos. Na adolescência, eram conhecidos como “Demolition Derby” por sua sintonia perfeita no gelo. Eles jogavam como se lessem a mente um do outro, o que os tornavam imbatíveis contra outras equipes. Os irmãos nunca haviam jogado separados antes. Apollo não fazia ideia de como jogaria sem ela.
Meda sabia o que se passava na cabeça do irmão. Ela se afastou e deu um soco no braço dele. Ele ficou surpreso ao ver seu sorriso de orelha a orelha.
“Eles toparam, Pollo! ELES TOPARAM!”
Apollo encarou sua irmã, boquiaberto.
“Baba! É sério?! Eles toparam?!”
O sorriso largo de Damon foi resposta suficiente.
Apollo beijou a testa dela desajeitadamente, depois a pegou no colo e a girou pela sala.
“É ISSO, PORRA!”, ele gritou. “Não acredito! Estou tão orgulhoso de você, maninha. Vamos arrasar!”
Meda apenas riu e abraçou seu irmão com força.
“Pode apostar que sim!”
“Então, vocês não vão me perguntar por qual time irão jogar?”, Damon perguntou, com um olhar cheio de orgulho.
“Foi mal, Baba.” Ela riu. “Por qual time vou jogar?”
“Os Sounders”, ele disse, sorrindo como quem guarda um segredo.
Os gêmeos se entreolharam, surpresos. Eles iriam jogar pelo time que, sob o comando de seu pai, conquistou a Copa Stanley seis vezes. O time que construiu a dinastia dos Dakiedes no hóquei. Todos os seus irmãos haviam jogado por eles em algum momento da carreira.
O Michigan Sounders estava no sangue da família Dakiedes, e era mais que justo que fosse o time com o qual ela iniciaria sua carreira.
“É ISSO AÍ!”, eles gritaram em uníssono.
MEDA
Meda e seu irmão gêmeo Apollo estavam sentados junto aos outros jogadores, de mãos dadas. Ela tentava manter a calma e respirar devagar, ignorando os olhares hostis ou curiosos dos demais. Ela estava com os nervos à flor da pele!
Os jogadores eram chamados um por um para assinar seus contratos. Enquanto Meda aguardava ouvir seu nome, seu estômago dava voltas. Ela sentia os olhares sobre si. Os repórteres na sala queriam ver a mulher que seria a primeira jogadora de hóquei feminina.
Seu pai estava atrás dos treinadores, com um sorriso de orelha a orelha. Quando Damon jogava pelo time, ele fez dos Sounders campeões. As pessoas o chamavam de “O Destruidor”, e ele transformou o time que passava por dificuldades em um grande sucesso.
Apollo apertou a mão da Meda e sorriu para ela.
“Fique tranquila, maninha. A gente consegue!”, ele disse baixinho.
Antes que ela pudesse responder, o técnico principal dos Michigan Sounders, Richard “Bogie” Lubeck, chamou o nome de Apollo. Meda o abraçou forte e observou orgulhosamente o irmão ele se dirigir à frente.
Apollo já havia assinado seu contrato oficial semanas atrás, no mesmo dia que Meda. Contudo, ele ainda sorriu muito ao assinar seu nome em meio aos flashes das câmeras.
Apollo estava nas nuvens por jogar pelos Sounders. Ele queria ser tão bom quanto seu pai e adicionar seu próprio toque. Ele estava empolgadíssimo para compartilhar essa experiência com sua irmã.
“Andromeda Dakiedes.”
Meda ficou paralisada ao ouvir seu nome. Ela se levantou devagar e caminhou para a frente. O técnico Lubeck abriu um largo sorriso para ela.
“Sei que você já fez isso antes, Meda, então apenas sorria para as câmeras.”
Ele piscou para ela e empurrou o contrato pela mesa.
“Bem-vinda ao time, Meda.”
Meda assinou seu nome, tornando-se a primeira jogadora feminina na Liga Nacional de Hóquei.
Ela iria jogar pelo antigo time de seu pai, com seu irmão! Ela estava tão empolgada que apertou a mão do treinador e soltou um “É isso aí!”
Depois de muitos tapinhas e abraços, Meda parou ao lado do Apollo enquanto as câmeras tiravam inúmeras fotos. Agora, ela era uma Sounder.
“Andromeda, como é fazer história?”, perguntou um repórter da multidão.
“É difícil explicar. Eu me sinto nas nuvens”, ela respondeu.
“Como você acha que seus companheiros de equipe vão reagir à sua entrada no time?”
“Espero que fiquem felizes com isso. Admiro muitos desses caras há anos. É uma grande honra jogar com eles. Sei que será difícil no começo, mas pretendo conquistar o respeito deles como qualquer novato.”
“O que podemos esperar de você na próxima temporada?”
“Um hóquei de arrepiar!” Ela sorriu, e os repórteres riram.
O primeiro passo estava dado - ela era oficialmente uma Sounder. A parte complicada começava agora: fazer seus companheiros de equipe gostarem dela.
Lá estava ele no fundo com os outros Sounders veteranos: Blake Reinholdt. Ele tinha os braços cruzados sobre o peito largo e olhava atentamente para a jovem com quem logo jogaria, observando cada movimento dela.
Quando Andromeda Dakiedes finalmente o viu, ele segurou seu olhar com um pequeno sorriso sarcástico. Ela respondeu erguendo uma sobrancelha e retribuindo o sorriso.
Ah sim, ele pensou. Ele iria tornar a vida dela um verdadeiro inferno e mal podia esperar para vê-la desistir.