Os Guerreiros de Torian - Capa do livro

Os Guerreiros de Torian

Natalie Le Roux

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Chapter
15
Age Rating
18+

Summary

A terra está sob o ataque de uma raça de alienígenas monstruosos que têm um único objetivo: A total destruição da humanidade. Lilly e sua irmã mais nova acabam no meio da confusão e estão condenadas à morte certa... Até que o encantador guerreiro Rei Bor chega de outro planeta e as salva. Sua missão é proteger todos os humanos, mas agora ele só tem olhos para Lilly. Será que o dever vai falar mais alto, ou ele vai sacrificar tudo por ela?

Classficação etária: 18+

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Prólogo

Livro Um: O Rei de Lilly

Alarmes estridentes soavam através do maior observatório galáctico do universo.

O Olho já havia observado centenas de civilizações primitivas em toda a vasta extensão, estudando o progresso, a evolução e a queda de centenas de espécies ao longo de centenas de milhares de anos.

Neste momento, os alarmes estavam avisando sobre um ataque a um dos mundos primitivos, vigiado pelas maiores mentes que o universo tinha a oferecer.

"O que é?" Kurmar perguntou, acima de seu semicírculo de telas holográficas flutuantes.

"Planeta seis-um-seis-zero-nove, Comandante Kurmar," uma das mulheres de quatro olhos disse à frente, seus longos dedos roçando freneticamente os controles.

"Será que eles finalmente se destruíram?" Sua voz saiu muito mais dura do que ele queria, mas a raiva e o medo de um de seus mundos favoritos começar uma guerra consigo mesmo, mais uma vez, eram muito grandes.

Kurmar havia observado as estranhas espécies por anos, apreciando a profundidade da emoção que demonstravam, ao mesmo tempo em que ficava enojado e temeroso das coisas mais sombrias de que eram capazes.

"Não, comandante," Zunta chamou, seus quatro olhos examinando todas as telas ao seu redor. "Eles estão sob ataque."

O medo tomou conta de Kurmar ao pensar nas centenas de vidas às quais ele tinha se apegado muito mais do que deveria. Isso era uma das piores coisas que um observador poderia fazer.

Apegar-se a certos habitantes de uma raça que eles observavam e gravavam sempre terminava da mesma forma. Ele dispensou muitos vigilantes ao longo de seus trezentos anos como comandante exatamente por esse motivo.

Mas seu fascínio pela raça que ele passou horas observando tarde da noite o colocou de pé.

"Por quem?" ele rosnou, fazendo com que muitas cabeças se virassem em sua direção.

Quando Zunta não respondeu, ele marchou até a plataforma dela, agarrando-se à parte de trás do assento dela com força, os nós dos dedos brancos. "Por quem?" ele exigiu novamente.

Ela olhou para ele com pena em seus grandes olhos negros como a noite. Zunta era a única dos milhares de observadores que conhecia seu segredo.

Para sua surpresa, ela o guardou por mais de duzentos anos, nunca questionando por que ele queria que a transmissão do mundo primitivo fosse enviada para seu observatório particular.

"São os spinners, comandante."

Uma lança fria de pavor perfurou seu peito com o nome. O medo se apoderou dele por um momento enquanto os rostos de milhares de seres inocentes lampejavam em sua mente.

Spinners eram os seres mais mortais do universo. Eles matam sem motivo, destruindo todos os seres com os quais entraram em contato.

Devorando a carne de qualquer coisa viva, eles arrebatavam o planeta até que toda a vida estivesse morta, então seguiam para o próximo mundo.

Quando uma mão macia pousou em seu punho cerrado, ele foi retirado das memórias vívidas da última vez que viram os spinners destruírem um mundo.

"Não podemos deixá-los fazer isso de novo, comandante" sussurrou Zunta, seus olhos negros intermináveis ​​implorando para que ele fizesse a coisa certa.

"Nós somos observadores, Zunta," ele rosnou. "Devemos vigiar e não interferir".

Ela se levantou tão rápido que Kurmar teve que dar um passo para trás para olhar para seus olhos raivosos elevando-se sobre ele por pelo menos meio metro.

"De que adianta vigiar se não podemos ajudá-los?" Sua voz estridente gritou através do enorme observatório, atraindo olhares para eles.

"Acalme-se, Zunta," Kurmar ordenou, não querendo irritar essa Orsinita.

Quando zangados, os Orsinitas podiam ser mortais com o tom alto e agudo de sua voz. Se ela quisesse, Zunta poderia matar todos os observadores na sala em segundos.

Ela olhou para ele. "Devemos fazer algo, comandante. Não vou sentar e assistir enquanto outra raça é aniquilada por outra que não deveria existir em primeiro lugar."

Ela tinha razão. As bestas monstruosas acabavam rapidamente com os mundos que atacavam.

Todos os esforços para encontrar e matar o líder da colmeia falharam, deixando todos os planetas sob o olhar vigilante do Olho em risco.

Kurmar sabia que havia apenas uma coisa que ele poderia fazer. Como comandante do observatório, ele tinha muito poder e influência entre os líderes do Decágono.

Um conselho de dez espécies que governavam milhares de planetas e bilhões de seres.

Ele soltou um longo suspiro, retirando seus olhos de Zunta. "Você está certa, minha velha amiga. Não podemos permitir que isso continue."

Zunta relaxou, sua pele pálida assumindo a cor mais rosada que ele sabia que ela tinha. Ela se sentou em sua cadeira e respirou fundo.

"O que você vai fazer?"

Ele encontrou os olhos dela novamente e não deixou de perceber o medo neles. Ele não era o único que gostava dessa raça.

"Eu ainda não sei. Vou falar com o Decágono."

Seus olhos brilharam de raiva novamente, mas mesmo Zunta sabia que, como observadores, eles não podiam fazer nada para ajudar.

Somente se o Decágono concordasse em mandar ajuda, algo seria feito para ajudar a raça pequena e frágil que eles observaram por tanto tempo.

"Envie-me tudo o que você tiver sobre os spinners. Vou viajar para o Decágono agora."

Ela assentiu com a cabeça, e antes que pudesse voltar para suas telas, Kurmar desapareceu de sua forma corporal, assumindo seu verdadeiro estado, e vagou pelo espaço em um piscar de olhos.

Ele se solidificou nas câmaras dos membros do conselho, claramente pegando todos de surpresa.

"Comandante Kurmar, o que você está fazendo aqui?"

Quando o resto de sua forma se solidificou, ele escutou um alarme suave vindo de sua comunicação interna, alertando a ele que Zunta havia enviado a ele as informações de que ele precisava.

"Membros do conselho", ele começou, sem perder tempo com amabilidades. "Há uma situação que precisa de atenção imediata."

O membro do conselho Ark'Mirakam virou para ele, sua longa língua indo em direção a Kurmar. "Que situação?"

Kurmar se virou para o serpiname. "Um ataque de spinners."

"Onde?" outro membro do conselho perguntou, levantando-se.

"Um planeta distante no universo. É um dos muitos que observamos no Olho."

"É um planeta sob o Decágono?"

Kurmar respirou fundo, expirando lentamente para acalmar os nervos.

"Não. É primitivo."

Ele já viu a resposta que estava na ponta de cada um de seus lábios.

Antes que eles pudessem responder, Kurmar disse: "Nunca pedi ajuda ao conselho antes. Fiz favores a muitos de vocês, tanto em funções oficiais como privadas."

"Não vou esconder o desejo que tenho de ajudar esta raça, mas vou cobrar de cada um de vocês o favor que me devem."

Ele prendeu cada membro do conselho com um olhar firme, deixando seu ponto claro. Ele falaria se eles não fizessem algo.

"O que você quer que façamos?" Ark'Mirakam perguntou, recostando-se na cadeira.

"Envie os Torians."

Essas três palavras faladas deixaram todos os membros do conselho sentados em choque, cada um de seus olhos se arregalando.

Ark'Mirakam se recuperou primeiro. "Comandante Kurmar, você sabe o que está pedindo?"

"Sim!" Kurmar rosnou, dando um passo mais perto. "Nada menos que eles servirá."

"Eu não quero apenas os spinners mortos, membros do conselho, mas quero esta raça salva. Eles estão prestes a cumprir os requisitos para ingressar no Decágono."

Ele odiava mentir para o conselho, mas estava disposto a fazer qualquer coisa para salvar a raça que havia se infiltrado em seu coração.

"Os Torians não são uma força para brincar, comandante. Assim que a ordem for dada, não haverá como impedir os guerreiros de terminar sua tarefa ... a todo custo."

"Eles não são conhecidos como a força mais brutal, mortal e eficiente da galáxia sem motivo. Tem certeza de que deseja enviar uma força tão poderosa a este mundo primitivo?"

Kurmar não hesitou. "Sim. Envie-os agora, membros do conselho. Nenhum atraso será tolerado."

Olhos se estreitaram para ele pela demanda, mas ele sabia que cada um deles tinha segredos que não queriam que fossem revelados. Segredos que ele conhecia e ajudou a arranjar para eles.

Com um suspiro pesado, Ark'Mirakam inclinou-se para frente, cruzando os braços na mesa de madeira grossa à sua frente.

"Comandante Kurmar, você está disposto a usar a vantagem que tem sobre nós para isso? Assim que enviarmos os Torians a este mundo, você nunca mais poderá exigir nada de nós."

"Eu sei. Todos os favores anteriores serão anulados assim que esta raça for salva. Salva , membros do conselho. Nada menos que isso."

Ele esperou, observando cada um deles trocar um olhar.

Finalmente, todos olharam para ele e ele reprimiu o sorriso.

"Muito bem, Comandante. Seu pedido será atendido. Os Torians serão enviados a este mundo primitivo para salvar os habitantes."

"Dê a ordem agora, conselho. Não há tempo para perder."

Ele viu uma tela aparecer na frente de um dos outros membros do conselho.

Ele mentalmente enviou todas as informações que os Torians precisariam para esta missão e esperava que não tivesse cometido um erro fatal.

Os guerreiros Torians eram a força mais temida e violenta entre os milhares de planetas sob o Decágono. Impiedosos, mortais e com habilidades que abalavam até os guerreiros mais experientes.

A força guerreira Torian era o último recurso, convocada para as tarefas mais violentas e perigosas necessárias do Decágono.

Um alarme suave na tela chamou sua atenção e Kurmar se encolheu com a voz áspera que escutou.

"Aqui é Bor." A voz fria e profunda chamou.

"Lorde Bor," uma das mulheres membros do conselho disse, sua voz contendo o tremor que acompanhava seu medo. "Aqui é Lucila do Conselho Decágono."

Nenhuma resposta veio, mas a conexão ainda estava lá. Lucila engoliu em seco. "Por ordem do Decágono, seus serviços são necessários em uma missão ultrassecreta da mais alta importância e urgência."

"Meu ... ou os Torians?"

"Os Torians," Kurmar rosnou, não querendo perder mais tempo com a enrolação inútil.

Uma risada foi ouvida através da linha, enviando uma onda de desconforto por Kurmar. Não continha nenhum tom de humor ou alegria, ao invés disso, o tom mortal de alguém ansioso por uma luta.

"Qual é a missão, membros do conselho?"

Lucila fez sinal para que Kurmar falasse.

"Spinners atacaram um mundo primitivo. Você deve ir a este mundo, matar todos os spinners e salvar os habitantes do planeta."

"Quem é você?"

"Eu sou o Comandante Kurmar, o chefe dos vigilantes do Olho."

"E você acha que pode nos dar comandos."

"O Decágono deu a você um comando, Bor! Suas ordens são claras, Rei Guerreiro. Vá para este planeta, mate os spinners e salve tantos habitantes quanto você e seus guerreiros puderem."

"E se não o fizermos?"

Kurmar cerrou os dentes, olhando para os membros do conselho.

Ark'Mirakam sentou-se à frente. "Todo o financiamento para sua divisão vem deste conselho, Lorde Bor. Conforme combinado, financiamos sua divisão com o entendimento de que, quando necessário, você e seus guerreiros ajudarão o Decágono."

Depois de um momento de silêncio, Bor falou novamente. "Que mundo salvaremos hoje?"

Kurmar percebeu o sarcasmo na voz do homem. Por um momento, isso o lembrou da raça que ele havia observado por tanto tempo.

"Todas as informações necessárias foram enviadas para você, Lorde Bor. Reúna seus guerreiros. A Terra aguarda sua chegada."

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