“Ai, minha Deusa, amor, eu vou gozar.”
O som que ele emitiu me deixou ainda mais excitada. “Porra, eu... Eu...”
Eliza, uma curandeira habilidosa, retorna à matilha em que ela nasceu após 20 longos anos, determinada a encontrar seu companheiro antes que seja tarde demais. Mas a busca pela sua alma gêmea é dificultada por uma tentação que ela não consegue ignorar. Com a paixão fervendo logo abaixo da superfície, Eliza enfrenta uma escolha difícil: esperar pelo companheiro ao qual está destinada ou render-se ao desejo intenso que a puxa em outra direção. Com o período para encontrar seu companheiro acabando, seu destino está em jogo e ela deve decidir se vale a pena esperar pelo amor verdadeiro ou se seu desejo deve governar seu coração..
Livro 1: Esperando por seu Companheiro
ELIZA
Um calor delicioso percorreu todo o meu corpo, e eu mal conseguia encarar o homem entre minhas pernas. Seus braços envolviam minhas coxas com firmeza, me mantendo no lugar, seus dedos pressionando minha carne com vontade.
"Ai, minha Deusa, amor, eu vou gozar." Ele emitiu um som que me deixou ainda mais excitada. "Porra, eu..."
Perdi a fala quando ele pressionou os lábios no meu clitóris e chupou. Era tão bom que eu sabia que chegaria ao clímax em breve. O prazer subiu por todo o meu corpo, me deixando fraca sob seus lábios.
Ele me apertou com mais força. Sua língua se moveu para cima e para baixo mais algumas vezes, depois em círculos. Por fim, o êxtase chegou.
Minha cabeça girava enquanto o orgasmo percorria meu corpo inteiro. Era como se houvesse faíscas por toda parte, me deixando quase sobrecarregada. Eu ofeguei e estiquei as mãos para acariciar os cachos macios na cabeça do meu companheiro.
Acordei num sobressalto. O sonho desapareceu, me deixando apenas com os efeitos de sua visita, enquanto meus olhos se ajustavam à luz da manhã. A Deusa da Lua estava me torturando com esses sonhos, e eu acordava assim: ofegante e sozinha.
Cada sonho me fazia sentir mais solitária. Eu tinha apenas oito meses para encontrá-lo - o homem dos meus sonhos - antes que nossa conexão se quebrasse. Tinha até meu aniversário de 26 anos.
Depois de um banho rápido, fui tomar café. Mesmo sendo cedo, já sentia o delicioso aroma da comida da minha mãe.
Parei na porta e respirei fundo, sentindo os cheiros familiares. Minha mãe estava fazendo feijão assado - uma mistura de tomates cozidos, páprica defumada e feijão branco. Ela aprendeu a fazer depois que visitamos as matilhas britânicas alguns anos atrás e eu me apaixonei pelo café da manhã inglês.
"Está tentando me fazer ficar, mãe?"
Ela riu, mas havia uma nota de tristeza em sua voz. Suas risadas sempre soavam tristes desde que anunciei que seria curandeira em outra matilha.
Sempre quis ser médica quando era jovem. Agora que terminei meu treinamento, precisava partir. Não havia necessidade de ficar. A Matilha Real tinha médicos de sobra.
A Matilha Real tinha muito de tudo.
"O príncipe passou aqui mais cedo. Ele vai voltar depois da patrulha e irá se juntar a nós no seu último café," disse mamãe, parecendo chateada. Ela nunca gostou da nossa amizade, mesmo ela sendo a Beta na matilha.
Franzi a testa. "Eu falei para ele que seria só nós duas essa manhã, e como assim mais cedo? São seis da manhã!"
Senti o cheiro dele então, e saí. Encontrei Nate no portão do jardim. Desviei o olhar quando vi que ele estava só de shorts.
A maioria das garotas adoraria ver o traseiro do príncipe, mas ele não era meu companheiro predestinado, então não estava interessada. Éramos amigos próximos desde que entrei para a matilha aos seis anos, quando ele tinha oito.
Por sermos próximos, e porque eu podia dizer não às ordens dele de príncipe Alfa, o pessoal achava que eu seria sua companheira, mas a esperança morreu quando ele fez dezoito anos. Ele ficou bem triste na época, esperando que acontecesse quando eu fizesse dezoito. Não aconteceu.
"Sei que era para ser só vocês duas," ele disse, parecendo meio arrependido.
"Se sabe, então por que está aqui incomodando minha mãe tão cedo?"
Sorrimos e nos abraçamos apertado. Ele se afastou e encostou a testa na minha.
"Por favor, mude de ideia. Não posso fazer isso sem você, E. Sinto como se estivesse perdendo a única coisa boa na minha vida."
Suspirei, afastando minha cabeça e tentando não ceder. "Não posso ficar, e além disso, a Matilha Lua de Sangue é onde nasci. Meu companheiro pode estar lá. Você sabe que não tenho muito tempo para encontrá-lo."
Nate ficou frustrado e se afastou. Ele soltou um rosnado que normalmente faria as pessoas se ajoelharem diante do príncipe Alfa, mas só me fez franzir a testa.
Com cuidado, coloquei a mão no braço dele e esperei que ele me olhasse. "Entre quando estiver mais calmo e não torne isso mais difícil para mim. Vou estar a apenas cinco horas daqui. Pelo amor da Deusa, Nate. De qualquer forma, você vai partir logo para procurar a sua Luna."
Nate rosnou baixinho. A gente tinha prometido, de brincadeira, que se não achássemos nossos verdadeiros companheiros até meu aniversário de 26 anos, nós dois iríamos acasalar. Esse momento estava chegando, e por mais que o fato me incomodasse depois de sonhar com meu companheiro por tanto tempo, isso só parecia deixar Nate mais protetor.
Suspirei ao entrar em casa e arrumar um lugar para o Nate. Talvez ficar longe dele fosse bom para nós dois. Ele podia usar o tempo para pensar de maneira objetiva sobre nossa amizade - e se fosse honesto, ia ver que nunca ficaria satisfeito só com o amor de amiga que eu podia oferecer.
No entanto, o que ele queria era tentador. Passamos a maior parte das nossas vidas juntos, nos entendíamos bem e sabíamos como nos confortar. Tínhamos um jeito especial de nos comunicar sem palavras por causa de tudo que vivemos juntos.
Será que eu podia simplesmente partir?
A empolgação de talvez encontrar meu companheiro me impulsionava, mas as dúvidas no fundo da minha mente me impedem de mergulhar de cabeça. Talvez uma nova matilha, um novo desafio e uma nova vida fossem exatamente o que eu precisava - com sorte, uma vida abençoada com o amor do meu companheiro que ainda não tinha encontrado.
Rezei à Deusa da Lua para não estar cometendo um erro.