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Política de Boa Vizinhança 2: Amigos

Capítulo 2

Lara estava indecisa. Uma parte dela queria que Zavien tirasse a camisa, enquanto outra dizia para ficar longe de confusão. Ela estava perto o suficiente para sentir o calor dele enquanto aplicava a máscara facial, e isso a deixava meio tonta.

No entanto, ela tinha que admitir que o produto três-em-um que ele usava estava fazendo muito bem para ele. Mas ela jamais admitiria isso em voz alta.

“Ainda dá tempo de desistir” ele brincou, estufando o peito e sorrindo.

Ela parou e olhou para o ar de diversão no olhar dele, se perguntando se ele estava tirando sarro dela.

Ele estava dormindo no sofá dela há alguns dias, e eles tinham evitado situações embaraçosas. Nada fora do comum tinha acontecido. Sim, houve os esbarrões acidentais de sempre, mas nenhum beijo, nenhum toque intencional e definitivamente nenhuma nudez.

Infelizmente. Ou felizmente. Ela ainda não tinha certeza.

“Bem” ela começou, desenhando uma carinha triste na bochecha dele com a máscara verde. “A Delia sempre fica meio pelada quando vem aqui” ela disse, cobrindo seu desenho e passando para o outro lado do rosto dele. “Mas ela também é meio doida.”

“Isso explica por que vocês duas são amigas” Zavien disse.

Lara refletiu sobre isso. Seu primeiro impulso foi de raiva (ele era bom em deixá-la irritada), mas, depois de um tempo, ela percebeu que ele estava um pouco certo.

“É, faz sentido” ela concordou.

Surpreendentemente, Zavien estava cooperando com o fato de usar a máscara, mesmo falando e estragando tudo. Não que ele precisasse de ajuda com a pele. Ele poderia passar piche no rosto, lavar com água suja e ainda assim ter uma pele com cara de fresca e limpa.

Por bondade, ela deixou que ele aplicasse a máscara nela e ficou quietinha e parada enquanto ele espalhava a gosma azul em seu rosto. Ela nem reclamou muito quando ele colocou uma grande gota em sua testa que escorreu para o olho.

Ele só parou de cooperar quando ela tentou tirar uma foto deles.

“Nem pensar” ele disse, saindo do enquadramento.

Ela fez biquinho. “Zavien! É só para mim, ninguém mais vai ver!” ela mentiu, planejando mostrar para o maior número possível de pessoas.

“Não, Lara” ele disse com firmeza.

“Bem, é uma pena que você e Pablo terão que encontrar outro lugar para ficar” ela disse, fingindo tristeza. “Está nas regras.”

Ele olhou para ela, provavelmente pensando que ela estava blefando.

“Tradição” ela acrescentou, só para reforçar seu ponto.

Com um suspiro de derrota, ele voltou para a foto.

Ela riu alegremente e deu um sorrisinho para a câmera, cuidando para não estragar sua máscara. Apesar das reclamações dele, a foto ficou bem fofa. Talvez ela a guardasse só para si, afinal.

Ouvindo seu nome e a reclamação de Zavien, Pablo saiu de trás do sofá para olhar para eles. Depois de uma olhada, ele fez um barulho de nojo e correu de volta para sua caminha.

“Você assustou meu cachorro” Zavien acusou.

“Nós assustamos seu cachorro” ela corrigiu alegremente. “Isso foi um trabalho em equipe.”

Ela se virou para provocá-lo, mas descobriu que não havia muito espaço para se mexer. Ele ainda estava perto, seu peito tocando o ombro dela, seu calor deixando-a tonta. Seus olhos estavam fixos no rosto dela, coberto de gosma azul.

Ela pensou ter visto um indício de sorriso sob a máscara dele, mas era difícil ter certeza, considerando a camada grossa que ela havia aplicado ao redor da boca dele para mantê-lo calado.

O que a surpreendeu foi o que não estava lá. Ele não parecia irritado ou entediado (não mais que o normal, pelo menos). Ele não parecia chateado por ter sido arrastado para as atividades de sua noite do pijama. Ele não parecia infeliz de forma alguma, mesmo que sua máscara estivesse começando a escorrer do queixo para a camisa porque ela tinha exagerado na quantidade.

“Você está me encarando de novo” ele disse suavemente, sua voz viajando do peito dele para o ombro dela e descendo por suas costas.

“Você fica bem com esse tom de verde” ela disse baixinho, tentando provocá-lo mesmo estando uma bagunça.

Os lábios dele agora estavam claramente curvados em um sorriso, mas ela não tinha energia para repreendê-lo por isso. Muito menos quando ele estava se inclinando para perto, seu braço casualmente sobre as costas dela.

Ela soltou um suspiro surpreso quando os lábios dele encontraram os seus, mas não foi o beijo que a assustou. Uma grande gota de gosma verde e azul escorreu do rosto dele para a calça dela.

Com um gritinho e talvez força demais, ela o empurrou para trás, espalmando a mão contra o peito dele. A surpresa dele era clara, mesmo sob as camadas de gosma.

“As máscaras!” ela disse aflita.

Ele olhou para ela mais um pouquinho, com um olhar intenso. Então, soltou um gemido e caiu de costas no sofá dela.

“Não seja tão dramático” ela repreendeu.

“As máscaras” ele repetiu incrédulo. “É com isso que você está preocupada? As máscaras?”

“Ué, elas não vão funcionar se a gente ficar espalhando por todo lado!” ela respondeu, bufando.

Ele estava olhando para o teto, balançando a cabeça. Seu queixo era uma mistura de azul e verde, com pequenos pontos se formando.

“Elas já estão arruinadas” ela disse tristemente, fazendo biquinho enquanto se inclinava sobre ele.

Ver ele tão desconcertado era raro. Ela achou engraçado ser uma das poucas pessoas que conseguia deixá-lo sem jeito.

“Acho que essa não é a atividade certa de noite do pijama para você” ela disse seriamente.

Zavien riu, o que causou um leve tremor em seu corpo e no de Lara enquanto ela permanecia meio deitada sobre ele, olhando para o rosto dele. Sem pensar mais na própria máscara, ela sorriu para ele.

“Desculpe te decepcionar” ele respondeu, embora não parecesse muito arrependido. Ela também não estava, para ser sincera.

“Tudo bem” ela o tranquilizou. “Vamos ter que descobrir o que você gosta de fazer.”

Ela sorriu diante da preocupação visível sob a máscara verde dele. Então, pegou seu pulso e o puxou do sofá, levando-o em direção ao banheiro para se limparem.

Embora a pele perfeita dele a irritasse, ela gostou de revelá-la devagar com uma toalha macia. E se limpar os rostos deles significava um pouco mais de beijos, bom, isso era só um bônus.

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