Alfa Richard mais uma vez se superou com esta festa.
Eu odiava festas, na verdade. Eu odiava ver muitas pessoas em um lugar confinado, especialmente lobas bajuladoras que pensavam que eu as tomaria como minha rainha.
Elas me enojavam. Licanos só podiam acasalar com suas verdadeiras parceiras. O único pequeno alívio que tive foi que todos os presentes eram lobisomens. Isso eu podia suportar.
A filha humana de Richard não estava aqui e, por isso, eu estava grato. Eu odiava os humanos. Entre todas as outras criaturas, eu achava que os humanos eram os mais baixos.
Estava além da minha compreensão por que ele não matou aquela coisa quando ela era apenas um bebê.
Lembrei-me dele me dizendo quando a acolheu que ela foi abençoada por Ártemis. Huh. Isso não importava para mim, mesmo.
Ele deveria tê-la comido. Foi o que o primeiro licano, Fenrir, fez com humanos insignificantes.
Concordei que não precisávamos deles. Eles eram fracos e uma vergonha para os deuses.
Eu estava bebendo do meu copo em um canto, olhando a festa se desenrolar quando a senti. Era o som mais doce de todos os tempos. Ela me chamou como uma ordem através do link mental. Até chamou meu nome.
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Quem se atreveu a me chamar? Pelo meu nome, nada menos! Eu faria aquela loba se arrepender. Eu era um licano e o rei. Eu não aceitaria ordens de lobisomens.
Mas fui incapaz de resistir a esse chamado, e meu lobo queria ir de qualquer maneira. Ele adorou o som. Era feminino e sedutor.
O que poderia chamar um licano assim? Pensei que apenas a Deusa da Lua poderia ter tanto poder sobre nós.
Foi a humana abençoada pela Deusa? Eu precisava saber para dar a ela uma lição.
Jacob, o primogênito de alfa Richard, passou por mim e parecia apressado. Ele também ouviu?
"Meu rei?", ele disse.
"Eu vou", respondi com naturalidade.
Ele pareceu surpreso, mas eu não o deixei dizer mais nada. Saí correndo e mudei para meu poderoso lobo cinza escuro. Eu não queria assumir minha meia forma; eu era mais rápido como um lobo completo.
Corri para a fonte do poder que me convocou. Eu estava correndo entre as árvores como se o inferno estivesse atrás de mim. Eu nunca tinha corrido tão rápido em toda a minha vida. Esse poder estava me puxando, e eu tinha que saber o que era.
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Rosnei para o vampiro, e seus olhos pareciam pires. Ele soltou a garota, e eu imediatamente pulei na frente dela para protegê-la.
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Eu me virei para olhar para a garota em vez disso. Ela estava segurando a garganta e tentando respirar. Senti preocupação, e outra coisa que nunca pensei que sentiria novamente surgiu.
Eu a enterrei imediatamente e rosnei para ela.
"Sinto muito, Alteza. Eu estava tentando chamar o meu irmão", ela disse com dificuldade. Sua garganta ainda estava vermelha.
Ela balançou a cabeça e ficou de pé.
"Não, nunca. É apenas... minha habilidade. Eu realmente não quis chamá-lo. Sinto muito, Sua Majestade. Sim, eu posso ouvi-lo muito bem. Isso também faz parte da minha habilidade", ela disse, respondendo às minhas perguntas silenciosas.
Eu não gostei disso nem um pouco, então pulei em cima dela e a empurrei de volta para o chão onde ela pertencia.
Estalei meu queixo diante de seu rosto para que ela soubesse que eu falava sério, mas ela não estava com medo.
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Eu vi a marca em seu braço enquanto meus olhos a examinavam, e era o brasão da Dama da Caça. Era inegável.
Mas por que essa pequena criatura? Por que a senhora a escolheu como caçadora?
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Ela olhou para mim, estupefata, e rosnei baixinho, mesmo que meu lobo estivesse rosnando para mim por ser rude com ela.
Ela franziu a testa para mim e teve a audácia de me olhar nos olhos. Ela era muito astuta. Eu queria seriamente fazê-la se submeter agora, mas suas palavras seguintes me chocaram mais do que suas ações.
"Vou me lembrar disso, Alteza. Saia de cima de mim para que eu possa desaparecer de sua visão real."
Isso quase me fez rir. Ela era ousada a pequena.
Senti o orgulho crescer em meu coração, mas o esmaguei imediatamente. De jeito nenhum eu a deixaria controlar minhas emoções. Ela já tinha um controle sobre o meu corpo. Eu podia me sentir reagindo a ela, e eu odiava isso.
Outro par de patas veio em nossa direção, e era o lobo marrom chocolate profundo de Jacob. Eu reconheceria aquele lobo em qualquer lugar. Ele era uma cópia de seu pai tanto como lobo quanto como humano.
Ele abaixou o focinho em respeito e olhou para sua irmã, que ainda estava quieta sob mim.
Normalmente, o link mental só funcionava para lobos da mesma matilha, mas, como eu era rei, fazia parte de todas as matilhas de lobisomens na Terra.
Rosnei novamente, mas dei um passo para trás para ela poder se levantar. Travei meu olhar nela assim que ela estava de pé.
"Devidamente anotado", ela bufou.
Ela fez uma reverência irônica e virou-se para o irmão. Ele a deixou subir em suas costas, e quase corri para detê-los. Eu não gostei nem um pouco que ela montasse nas costas dele.
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