A Gente se Esbarra por Aí

"Eu tenho algum recurso? Alguma opção?” perguntou ela ao simpático senhor sentado à sua frente.

"Bom, Srta. Sloan, por tudo o que você me disse, a menos que a polícia encontre seu ex ou amiga e os acuse, não sei se podemos ir atrás deles civilmente.

"Nenhum deles possui qualquer propriedade aqui na Flórida sobre a qual possamos fazer uma penhora,” disse o homem.

"Então, vou ficar sem o dinheiro que eles roubaram, a menos que eles se entreguem ou sejam pegos pela polícia?” perguntou ela.

Ele suspirou. "Receio que sim..."

Maggie ficou atônita. Ela respirou fundo, segurando as lágrimas enquanto se levantava, apertava a mão dele e o agradecia.

"Se eu puder encontrar algo que possa ajudá-la, ou se eles forem presos, por favor, me avise. A partir daí, podemos seguir em frente.

"Mas, enquanto isso, mude todas as suas senhas, ligue para a empresa de cartão de crédito e crie um alerta com a agência de monitoramento de crédito."

Ela assentiu novamente e se virou para sair. A recepcionista se despediu dela enquanto ela caminhava para o elevador. Felizmente, ninguém mais entrou e ela deixou que as lágrimas começassem a cair no momento em que as portas se fecharam.

Ela estava tão ferrada!

Dois andares abaixo, as portas se abriram novamente. Maggie limpou discretamente o rosto, tomando cuidado para não fazer contato visual com ninguém até que as portas se abrissem no andar principal.

Ela caminhou entorpecida até as portas principais e xingou baixinho quando viu que estava chovendo muito lá fora. Ela não havia trazido um guarda-chuva e teria que correr para o estacionamento.

Segurando a bolsa sobre a cabeça, ela saiu correndo em direção ao estacionamento, passando correndo pelos pedestres até bater em um algo duro e cair no chão, aterrissando em uma poça.

Atordoada, Maggie olhou para cima e viu um homem parado sobre ela com um olhar atônito. O conteúdo da sua bolsa estava espalhado ao redor dela, e seu vestido de seda verde estava encharcado.

Isso foi o suficiente. Ela começou a chorar.

"Senhorita, eu sinto muito! Está machucada?"

O homem se abaixou para ajudá-la a se levantar, mas ela o afastou. Ele começou a pegar as coisas dela, e ela arrancou os itens das mãos dele, ansiosa para acabar com esse episódio humilhante.

Seus olhos se encontraram e o coração dele parou. Apesar das lágrimas, ela era linda. Ele quis abraçá-la e fazer com que todos os seus problemas desaparecessem.

A chuva caía forte, encharcando os dois enquanto eles hesitavam.

"Há algo que eu possa fazer para ajudar?” ele perguntou gentilmente.

Maggie lançou um olhar indignado a ele. "Acho que você já fez o suficiente, obrigada!"

Ela pegou suas chaves do chão e caminhou rapidamente pela calçada até o estacionamento. Ela pensou tê-lo ouvido chamando por ela, mas o ignorou e continuou andando.

Quando voltou para o carro, tirou uma camiseta da bolsa de softball e tentou se secar, mas desistiu depois de alguns segundos.

O espelho refletia o rímel e o delineador escorrendo pelo seu rosto, e ela apenas soluçou desamparada na camiseta por alguns minutos antes de se recompor, ligar o carro e dirigir para casa.

Makayla, sua melhor amiga e colega professora, estava esperando por ela.

Liam ficou parado na chuva, observando-a passar por ele e entrar no estacionamento. O celular dela ainda estava no chão! Ele o pegou e a chamou, mas ela nem sequer olhou para trás.

Ele pegou o telefone e entrou no prédio para perguntar aos seguranças se eles sabiam quem ela era.

Aquela mulher não saía de sua cabeça. Liam se sentiu péssimo por tê-la derrubado, e era justo tentar devolver o telefone para ela e se certificar de que ela estava bem.

Ele entrou no prédio e imediatamente foi até o balcão de informações principal.

"Derek, você pode me dizer se uma senhora de vestido verde deu entrada com você hoje?” perguntou Liam.

"Olá, Sr. Olsen. Acabei de chegar. Vamos para os fundos e verificar as câmeras para ver se conseguimos encontrar quem o senhor está procurando."

Liam agradeceu e o seguiu até o escritório de segurança.

"Sr. Olsen, posso te dar uma toalha ou algo assim? O senhor está encharcado!,” Derek comentou.

"Não, obrigado, Derek. Vou para o meu escritório e me arrumo assim que terminarmos."

Liam deu um tapinha nas costas dele enquanto eles rebobinavam as gravações e encontravam a mulher que ele estava procurando.

"Ela é muito bonita, não é?” Derek comentou.

"É sim, Derek. Vou perguntar à Trish o nome dela. Obrigado, te agradeço muito!" Liam saiu correndo para pedir a Trish que verificasse nos registros os nomes das mulheres que haviam feito o check-in.

Trish ficou confusa com o pedido de Liam e gaguejou enquanto olhava para o computador.

Liam estava acostumado com o fato de as mulheres do prédio reagirem a ele dessa forma. Ele sabia que era muito bonito e que seu sotaque britânico fazia com que as mulheres americanas comessem na sua mão.

Com exceção da sua mãe e irmã, ele não conhecia uma mulher que não babasse por ele. Mas a de hoje não era uma delas.

"Sr. Olsen, apenas uma mulher fez check-in durante esse período, além de três homens. Sra. Maggie Sloan, para uma reunião na empresa Jennings. Não sei mais do que isso, senhor."

"Muito obrigado, Trish. Eu realmente agradeço,” disse Liam, mostrando seu sorriso de covinhas para ela antes de se virar e sair.

Trish prendeu a respiração depois que ele saiu.

"Afe, esse homem é demais. Eu secaria aquele corpo sem problemas!,” ela sussurrou para Amanda, que estava sentada ao seu lado.

Amanda deu uma risadinha. "Nossa, sei bem! Ele falou comigo na semana passada e eu tive que trocar de calcinha depois! É ridículo como ele é gostoso."

"Você viu que ele foi nomeado um dos solteiros mais cobiçados da Costa Leste?” Trish perguntou à amiga.

"Não! Mas talvez eu tenha que ir atrás da revista e colar as fotos na parede,” disse Amanda. As duas deram risada.