O Beijo do Caubói - Capa do livro

O Beijo do Caubói

Natalie K

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Chapter
15
Age Rating
18+

Summary

Ella não fica nem um pouco satisfeita quando seu pai a envia de Londres para Nashville. Com seus costumes britânicos e gostos sofisticados, ela não se enquadra nos sulistas. Mas a sua atitude começa a mudar quando ela conhece um cowboy misterioso e de poucas palavras. Ela não consegue parar de pensar nele e, de repente, seu mundo vira de cabeça para baixo. Ella se apaixona rapidamente por Tobias, mas a vida segue colocando obstáculos no relacionamento deles. Será que esta princesa e seu cowboy conseguirão viver felizes para sempre?

Classificação etária: 18+

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Bem-vinda à Nashville

A placa de boas-vindas que vejo enquanto caminho pelo aeroporto de Nashville me faz estremecer e suspirar alto.

Para que raios de lugar me mandaram?? E o que eu fiz para merecer esse castigo?

Meu pai alega que é para poder frequentar a universidade, mas eu sei que isso é mentira. Ele quer me colocar fora do caminho dele para poder se casar com o caso atual dele.

Todos sabem que a vadia com quem ele está planejando dividir tudo é uma grande fã da mineração de metais preciosos, só que meu pai é burro demais para perceber isso.

Eu sou a única pessoa que fala isso diretamente para ele e ele odeia. Ele sempre odiou, mas desta vez ele foi ao extremo para me mostrar que estava falando sério.

Ele me inscreveu para fazer meu mestrado em economia em uma universidade aqui em Nashville, começando em agosto e com duração de dois anos — dois anos inteiros neste fim de mundo!

Eu tenho vinte e três anos, então poderia simplesmente dizer a ele para enfiar isso na bunda, mas conheço meu pai e se eu não vier aqui pelo menos fingir que estou fazendo isso, as consequências serão muito piores .

Da última vez que ficou bravo comigo, ele cortou todo o meu dinheiro e meu carro chegou a ser rebocado porque ele parou de pagar os impostos e o seguro.

Vou ficar com meu velho tio Frankie. Quero dizer, quem manda uma jovem para ficar com um velhote qualquer? Ele é o irmão mais velho do meu pai, e eu o vi apenas uma vez, quando tinha uns quinze anos — ele é literalmente um estranho para mim.

Estou surpresa ao olhar ao redor da seção de desembarque; achei que só veria chapéus de caubói e botas cheias de merda de vaca, mas ainda não vi nada disso.

Talvez a cidade tenha mudado desde que meu pai morou aqui. Em suas fotos antigas, ele e minha mãe sempre usavam roupas country.

Estou ouvindo Spot the caubói em meus fones de ouvido, quando uma velha esbarra em mim. Eu reviro meus olhos em tom de irritação e ela dá um grunhido; ela cheira a gente velha e parece ter sido desenterrada.

Os idosos me irritam — eles sempre acham que os jovens devem a eles alguma coisa, como se devêssemos nos esforçar para deixá-los passar primeiro ou ceder nossos lugares a eles. Dane-se, eles terão tempo suficiente para descansar quando morrerem!

Pego meu telefone e vejo as fotos e vídeos que meus amigos na Inglaterra têm postado em suas redes sociais.

Eles se divertiam enquanto eu ficava sozinha no embarque do aeroporto de Heathrow, sentava no avião ao lado de uma criança chata na primeira classe e esperava na fila do controle de passaportes.

Há fotos de lounges VIP, champanhe, coquetéis e homens sexy espalhados pelo meu telefone, me fazendo ter ainda mais ódio do meu pai.

E a cereja do bolo vem quando eu saio do setor de desembarques, suando e nervosa, para encontrar o homem com quem vou morar.

Velho é um eufemismo — ele parece um ancestral, e fico me perguntando se o segredo de família é que ele é na verdade o pai do meu pai e não o irmão dele.

Ele também é o único cara aqui usando a porra de um chapéu de caubói. Tenho que tirar uma foto, pois ninguém em casa vai acreditar na minha vida agora.

Um velho todo vestido de jeans e com chapéu de caubói me buscando no aeroporto — não dá para acreditar nessa loucura!

"Isobella," ele sorri enquanto tenta me abraçar.

Eu me afasto do seu alcance. "Ei," eu digo. "Presumo que você seja Frankie?"

Ele inclina a frente do chapéu e sorri. "Você presumiu certo. Como foi o voo?"

"Irritante e demorado," respondo.

Ele pega minha mala e se esforça para descobrir como movê-la.

"Tem rodas embaixo, é só empurrar."

"Ah, nunca tinha visto uma elegante assim. As minhas são todas boas e velhas bolsas que você levanta pela alça.

Reviro os olhos e o deixo andar na frente. Vou ter que aguentar isso por alguns meses — alguns meses antes de ligar para meu pai e dizer a ele o quanto eu odeio isso, e que não consigo fazer amigos ou continuar morando aqui.

Não sei por que fico surpresa quando Frankie para em frente a um lixo de caminhonete. Eu balanço minha cabeça. Tenho certeza de que meu pai vai achar isso hilário.

"Não é como os veículos com os quais você está acostumada, aposto," diz ele enquanto abre a porta do passageiro para mim.

O assento está cheio de tralhas por todos os lados, então espero até que ele o limpe antes de subir.

"São só algumas ferramentas velhas que estou limpando," ele diz enquanto as joga no chão. "Eu só preciso passar na oficina no caminho para casa. Você pode pegar o que precisar enquanto estivermos lá. Não há muita coisa por perto quando você chega ao rancho.

Ótimo, ele mora na porra de um deserto!

"Você tem wi-fi?" Eu pergunto.

"Wi o quê?" Ele questiona.

Puta merda!

Eu passo o resto da viagem no meu telefone. Aviso aos meus amigos que em algum momento pode ser que eu consiga mandar apenas mensagens de texto.

Também mando uma mensagem para meu pai para dizer que ele é um idiota e lembrá-lo do quanto eu o odeio agora.

"Certo, há lojas aqui, você pode comprar todos os produtos de higiene pessoal ou coisas femininas que precisar. Eu vou estar no Bill, logo ali," ele aponta para algum lugar. "Podemos combinar de nos encontrarmos aqui em cerca de meia hora?"

"Tanto faz," eu suspiro. Meia hora não é tempo suficiente para eu fazer compras.

Ao me afastar da oficina do Bill, vejo uma rua com um total de dois bares e duas lojas.

Um jovem com chapéu de caubói inclina a cabeça na porta de uma loja quando eu passo por ele. Eu faço uma careta e o sorriso amigável dele se transforma em uma carranca.

Vou para o corredor de comida de uma das lojas. Se eu vou ficar trancada em um quarto, presumo que precisarei de alguns lanches.

Eles fazem coisas maiores aqui — os sacos de batatas fritas são enormes e tudo vem em embalagens múltiplas. Pego o que consigo e volto para a rua quente.

Peguei um monte de coisas das quais vou precisar e imagino que devo ter um carro para dirigir em algum momento. Quando isso acontecer, poderei dirigir até Nashville, onde sei que vou encontrar muito mais variedade.

"Você encontrou o caminho?" Frankie grita comigo quando volto para a oficina depois de dez minutos.

"Não é um lugar muito grande, né?" Murmuro, mas ele não me ouve.

"Mack, conheça minha sobrinha, Isobella," diz ele enquanto me aproximo da oficina com minha sacola reutilizável que diz "Eu Amo Nashville".

O velho gordo tomando sol sorri para mim.

"Você com certeza se parece com sua mãe," ele comenta.

Eu franzi a testa. Ninguém mais fala sobre a minha mãe, e isso parece esquisito vindo de um velho estranho.

"Já vamos embora daqui a pouco," diz Frankie. "Eu só estou esperando o jovem Tobias, ele precisa de uma carona de volta para o rancho."

Estou com calor, cansada e agitada pra caramba. O longo voo consumiu toda a minha energia, e agora estou parada no calor do verão, perto de uma oficina velha e engordurada, esperando que algum cara qualquer pegue uma carona.

Coloco meus fones de ouvido e me encosto na parede, esperando.

Vejo Frankie dizendo alguma coisa, mas não consigo ouvi-lo por causa do som de David Guetta em meus fones. Da próxima vez que levanto os olhos do chão, vejo o jovem que esperávamos.

É o caubói da loja. Ele está vestindo jeans rasgados azul-claros, do tipo que já está fora de moda no Reino Unido. Uma camiseta branca impecável mostra seus músculos de caubói, e ele usa um chapéu tosco.

É uma pena — se ele estivesse no Reino Unido e se vestisse decentemente, seria um cara bonito. Tiro meus fones de ouvido e sigo Frankie até a caminhonete dele sem dizer nada.

"Obrigado por ter me esperado," diz o jovem a Frankie, me ignorando.

"Sem problemas, meu jovem. Mas quero um favor seu em troca," diz Frankie.

"Ah, sim, não é aquele seu maldito telhado de novo, é?"

"Não, minha sobrinha Isobella aqui, ela não conhece ninguém. Você pode tomar conta dela?"

Balanço a cabeça em protesto. "Estou bem, obrigada, não pretendo ficar por aqui por muito tempo."

Os olhos do caubói se estreitam para mim enquanto ele me olha de cima a baixo.

"Eu não acho que o seu tipo duraria muito por aqui."

"Meu tipo?"

"De onde viemos, nós trabalhamos pelo que conseguimos," diz ele enquanto salta para a traseira do caminhão.

Entro na cabine e fico irritada com o caubói.

Quem ele pensa que é, me julgando? Ele nem me conhece!

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