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Em Pedaços

A erva

LILY

"Oh, princesa, é hora de acordar," uma voz canta no meu ouvido, e algo cutuca minha bochecha.

"O quê?," resmungo, abrindo os olhos e vendo o Mason sorrindo para mim. "Como você entrou na minha casa?," murmuro, rolando.

"Sua chave reserva é muito fácil de achar." Ele ri antes que os cobertores sejam arrancados de mim.

"Ei! Eu poderia estar pelada!" Eu estalo, tentando puxar o cobertor de volta.

"Mas você não tá. Vai, levanta, temos muitas coisas pra fazer," ele ordena, batendo palmas.

"Que horas são?," pergunto, sentando e olhando para as cortinas.

"5:45 da manhã." Ele sorri. "Por quê?"

Eu gemo, jogando o meu corpo de volta no colchão.

"Vamos correr. Vai logo," ele ordena mais uma vez antes de sair do quarto.

Eu bufo e resmungo para mim mesma enquanto me troco. Quem diabos acorda tão cedo nas férias de verão?

Psicopatas. Só psicopatas acordam cedo nas férias.

"Por que você tá me fazendo ir correr tão cedo?" Eu resmungo, abrindo a porta do meu quarto.

"Você disse que queria conseguir fazer a trilha inteira correndo. Só quero ajudar," o Mason afirma casualmente.

"Mas por que tão cedo?" repito enquanto descemos as escadas.

"Tem menos pessoas." Ele dá de ombros.

Certo, claro. Se uma pessoa de uma das nossas escolas nos visse juntos, nossas vidas se tornariam um inferno.

Mason nos leva até a trilha em seu carro, e eu gosto de não estar dirigindo, pela primeira vez.

O Olly tem carteira de motorista, mas sempre se recusava a dirigir.

A Ava foi reprovada na autoescola tantas vezes que seus pais pararam de pagar, mas ela finalmente conseguiu depois de meses economizando e ainda se recusa a dirigir na maior parte do tempo.

E o Harry... bem, ele tem carteira de motorista, mas provavelmente não deveria ter.

"Você tá pronta?" o Mason pergunta com um sorriso malicioso quando chegamos ao início da trilha.

"Não, nada pronta. Tô cansada," eu gemo, deixando os meus ombros caírem.

"Ah, vamos lá, princesa, não é tão cedo assim," ele ri antes de sair correndo. Eu o alcanço rapidamente, apesar de realmente não querer.

Quando chego a pouco mais da metade da trilha, sinto que vou morrer e desacelero para uma caminhada. O Mason também desacelera.

"Acho que vou morrer," eu gemo.

"Você não vai morrer." Ele ri de mim. "Você não tá no time de atletismo?," ele pergunta, levantando uma sobrancelha escura.

"Eu treino pra corridas curtas de alta velocidade, não de longa distância," bufo, fazendo-o rir de novo.

"Até o fim do verão você vai poder dar uma surra na Brittany." Ele pisca e eu franzo a testa.

A Brittany é a minha "rival" de Greendale. Desde o primeiro ano, nós competimos em vôlei de praia, corrida, salto em altura e salto em distância, e ela nunca ganhou de mim, exceto em corrida de longa distância.

"Ela é sua namorada?" pergunto, nervosa.

"A Britt?," ele pergunta, claramente chocado. "Credo, não." O Mason começa a rir.

"Ah," eu comento, me perguntando se ele tem namorada. Eu balanço a cabeça para mim mesma. Acabei de terminar com o Olly! Eu não deveria estar pensando essas coisas sobre o Mason Cooper.

"Vamos, princesa, estamos quase terminando." Ele sorri largamente para mim antes de sair correndo.

***

Logo depois do almoço, estou deitada no sofá assistindo a uma série ruim na TV quando alguém bate sem parar na minha porta.

"Onde você esteve ontem à noite?" a Ava grita comigo no segundo em que abro a porta da frente.

"Olá pra você também," murmuro, fechando a porta atrás dela.

"Eu vim te ver e você não tava aqui," ela afirma, cruzando os braços sobre o peito.

"Saí pra clarear a mente," minto, sentando na poltrona e olhando para ela.

"Você poderia ter mandado mensagem avisando!," ela exclama, jogando a mão no ar.

"Saí às nove da noite. Não pensei que você viria tão tarde." Dou de ombros.

"Tudo bem, eu te perdoo. Desde que você me leve pra tomar sorvete." Ela bufa.

"Eu bem que poderia tomar um sorvete." Eu sorrio falsamente.

"Vou mandar mensagem pro Harry e pedir para ele encontrar a gente lá," ela diz, já no telefone e saindo pela porta.

Solto um gemido antes de me levantar e segui-la para fora.

Ela está encostada na porta do passageiro, mandando mensagem. Enquanto destranco o carro e entro, ela não desgruda o olhar da tela do celular nenhuma vez.

"O Harry já chegou," ela diz finalmente, guardando o telefone no momento em que estaciono meu carro na frente da sorveteria. "Ah, chegamos," a Ava diz, parecendo surpresa.

"Claro que sim," murmuro, saindo do carro e entrando.

Eu examino os arredores e vejo o Harry se inclinando para trás em uma das mesas, parecendo entediado. "Ei." Eu sorrio, andando até ele.

"Oi, gatinha," ele me cumprimenta com um largo sorriso.

"E eu?" a Ava faz beicinho.

"Eu tava falando com você." Ele revira os olhos e se levanta.

"Podem pedir o que quiserem, meninas, eu pago hoje," ele diz, nos levando até o balcão.

"Ela tinha me dito que eu iria pagar hoje," digo baixinho enquanto Ava praticamente pressiona o rosto contra o vidro.

"Típico dela." Ele revira os olhos. "Não conta pra ela, mas eu tenho um encontro hoje à noite," ele sussurra.

"Meu Deus, com quem?," pergunto, segurando um grito.

"Com o Jonah."

"O da liga de biologia?" Eu suspiro, agarrando seu braço e apertando-o com força.

"Sim." Ele cora, tirando a minha mão do braço dele.

"Que incrível! Você tem que me contar tudo!" Eu grito.

"Claro, gatinha." Ele ri e envolve seu braço em volta dos meus ombros.

Depois de pedirmos nossos sorvetes, nos sentamos perto da janela.

"Mal posso esperar pras aulas começarem!," exclama a Ava.

"Aff. Por quê?" o Harry pergunta, franzindo o rosto.

"Porque agora somos veteranos!," ela diz revirando os olhos.

"Mal posso esperar pra escola acabar," murmuro, fazendo o Harry rir.

"Às vezes eu me pergunto seriamente por que sou amiga de vocês dois." Ava suspira, triste.

"Porque somos incríveis," ele responde. "Querida, seu telefone tá apitando loucamente," ele diz, me cutucando.

"Huh?" Eu franzo a testa, tirando o meu telefone do bolso para ver se ele estava certo. São mensagens do Mason.

"Quem é M?," ele pergunta, olhando para o meu telefone. "Ninguém," eu respondo rapidamente, colocando o celular virado para baixo na mesa, enquanto mais mensagens chegam.

"Deve ser importante," ele cantarola enquanto a Ava tenta pegar o meu telefone.

Eu rapidamente o agarro antes que ela consiga pegar.

"Lê logo, gatinha." O Harry sorri.

Franzo os lábios antes de ceder e abrir as mensagens.

M
Que comida você gosta de comer? Além de pizza
M
Tipo, pro lanche
M
Batatinhas fritas? Doces? Palitinhos de cenoura?
M
Princesa. Estou literalmente parado no meio do mercado como um idiota...

Sorrio enquanto leio as suas mensagens, me perguntando por que ele está me enviando tantas mensagens sobre comida.

Eu
Eu como de tudo...por quê??

Antes que eu pudesse desligar o telefone, ele responde.

M
Pra hoje à noite ;)
Eu
Hoje à noite?
M
Você vai ver, princesa… bjs

"Essa pessoa chamada M deve ser muito legal se ela faz você sorrir desse jeito," a Ava afirma, sorrindo para mim.

"Ele é ok." Dou de ombros, dando uma grande mordida no meu sorvete.

"Você conheceu um cara?" Ava suspira, batendo as mãos na mesa.

"Não." Balanço a cabeça, esperando que eles não percebam a minha mentira.

"E você, Ava? Tá saindo com alguém?" O Harry pergunta, mudando de assunto e me enviando um olhar cúmplice.

"Bem que eu queria. Todos os garotos da Ridgewood são péssimos. Estou pensando em me concentrar nos carinhas da Christ College," ela responde tristemente.

"Na verdade, vamos jogar com eles daqui cinco semanas," ele diz, balançando as sobrancelhas.

O primeiro jogo da temporada de futebol americano sempre jogamos em Greendale. É uma daquelas tradições idiotas que as escolas têm.

"Eu definitivamente vou estar lá," ela diz com um sorriso maligno.

***

"Ok, então me diz por que você comprou tanta comida?," pergunto ao Mason enquanto ele coloca duas sacolas de compras na minha mesa de centro.

"Porque hoje à noite, princesa, você e eu vamos ficar chapados." Ele sorri.

"Vamos?," pergunto, animada.

"Você fica tão animada com coisinhas pequenas." Ele ri. "Como um cachorrinho," ele acrescenta, e eu bato em seu ombro suavemente.

"Tô brincando." Ele ri, enfiando a mão no bolso e tirando um isqueiro e o que parece ser um cigarro bolado. "Provavelmente deveríamos ir lá fora," ele diz.

"Podemos ir até a piscina."

Eu sigo na frente e sento de pernas cruzadas em uma das cadeiras, esperando.

O Mason senta na minha frente. Ele levanta o baseado e gentilmente o coloca entre os meus lábios.

"Vou acender pra você. Puxa só um pouco — você vai tossir," ele explica, e eu concordo.

Ele acende o isqueiro branco e leva a chama lentamente até a ponta do baseado. "Começa a puxar," ele diz, e eu obedeço. Sou imediatamente atingida por um gosto e cheiro estranhos.

"Agora traga," ele diz, colocando o isqueiro ao lado dele.

Eu inalo um pouco, meus pulmões queimam, então trago mais e começo a tossir.

"Nada mal," ele diz com um olhar impressionado.

Observo o Mason dar duas tragadas no baseado antes de apagar a fumaça.

"Você nem tossiu," eu digo enquanto ele me devolve.

"Não é a primeira vez que fumo, princesa." Ele pisca.

"Você ao menos sabe o meu nome?," questiono.

"Lily." Ele sorri, exibindo seus dentes perfeitos, fazendo o meu estômago tremer.

"Por que você me chama de princesa?," pergunto, recostando no assento, esperando que algo aconteça.

"Porque você me lembra daquela princesa correndo na floresta com o cabelo grande e o lagarto." Ele ri, se inclinando para trás também.

"A Rapunzel?" Eu rio.

"É essa mesmo," ele confirma, fechando os olhos.

"Por que você viu o desenho da Rapunzel?," pergunto, rindo.

"Tenho duas irmãzinhas que são obcecadas por desenhos," ele responde, sentando novamente. "Quer assistir?," ele pergunta com um sorriso bobo.

"Vamos," concordo.

Três horas, dois filmes e um monte de comidas processadas depois, o Mason está desmaiado no meu sofá e eu estou lutando para manter os olhos abertos.

"Mason," murmuro, cutucando seu pé. "Mason," repito.

"Hmm?" ele cantarola, levantando a cabeça, mas sem abrir os olhos.

"Você quer um travesseiro?" Eu bocejo.

"Vem aqui," ele murmura, estendendo os braços.

Eu me levanto lentamente e fico na frente dele.

"Não, eu quis dizer, vem aqui," ele diz, se afastando e dando tapinhas no espaço à sua frente. "Eu quero dormir de conchinha," ele murmura sonolento.

"Tem certeza?" eu sussurro.

"Para de pensar demais, princesa," ele diz, abrindo um olho. Quando não me movo, ele estende a mão para agarrar o meu pulso e gentilmente me puxa para baixo.

Ele encosta o meu corpo no dele. Então, envolve seu braço na minha cintura, agarrando a minha mão, enquanto seu outro braço passa por baixo da minha cabeça.

"Seu cabelo é cheiroso," ele murmura enquanto eu coloco os meus pés entre suas pernas.

"Para de cheirar o meu cabelo." Eu rio, me aconchegando nele um pouco mais.

"Shhiu. Tô dormindo." Ele ri.

"Ei, Lily?" Mason quebra o silêncio.

"Sim?" Eu sussurro, desenhando círculos na mão dele com o meu polegar.

"O Kingsley realmente se ferrou," ele murmura, enterrando o rosto na lateral do meu pescoço.

***

Eu acordo com muito calor. Estou suando e o sol forte que está entrando pela porta de vidro está me cegando.

O Mason ainda está de conchinha comigo, só que agora a perna dele está jogada sobre mim e seu pau está pressionando as minhas costas.

"Mason," eu gemo, tentando me libertar.

"Tá cedo," ele reclama, me puxando para mais perto dele.

"Eu tô com calor," eu digo.

"Nem me fale." Posso ouvir a provocação em sua voz.

"E eu tô com fome," acrescento, o que finalmente o faz me soltar. "Você quer ovos mexidos?," pergunto, levantando e me espreguiçando.

"Você tá se oferecendo pra cozinhar para mim?" Ele sorri, sentando e tirando seu moletom, e nesse momento a sua camiseta sobe um pouco.

"Acho que sim," afirmo, desviando o olhar.

"Você tem algum plano pra hoje?," ele pergunta, me seguindo até a cozinha.

"Não," eu digo, pegando a frigideira.

"Você quer fazer o piercing no nariz?," ele pergunta, sentando no banco.

"Você não tem planos?," pergunto.

"Não," ele responde.

"Tem certeza de que não quer fazer um piercing também?" Eu sorrio.

"Absoluta." Ele balança a cabeça, sorrindo de volta. "Seu telefone tá vibrando," ele diz.

Por que diabos não tô ouvindo meu telefone? Talvez eu precise tirá-lo do silencioso.

Pego meu telefone e sorrio quando vejo o nome do Harry.

"Ei!" digo, colocando-o no viva-voz para poder continuar cozinhando.

"Ei, gatinha!" ele me cumprimenta alegremente.

"Então, como foi o encontro?" pergunto.

"Foi tudo bem. Ele tava nervoso pra caralho. Aparentemente, eu era o primeiro encontro gay público da vida dele." Ele suspira e as sobrancelhas do Mason se erguem. "Mas não é por isso que tô ligando."

"O que aconteceu?," pergunto, estreitando os olhos para o Mason, que passa os dedos pelos lábios como se os estivesse fechando com um zíper.

"A Ava tá planejando uma intervenção pra você," diz Harry, e o Mason bufa.

"Ela acha que você tá deprimida e precisa transar," ele continua, ou não ouviu o Mason ou escolheu ignorá-lo. "Eu tentei convencê-la a não fazer isso, mas você sabe como ela é."

"Obrigada, Harry." Suspiro, apertando os olhos enquanto tento pensar em como sair dessa.

"Por nada, amiga. Só fica em casa o mínimo possível nos próximos dias. Daí, ela vai ficar entediada e desistir," ele sugere.

Depois que o Harry e eu nos despedimos, coloco um prato de ovos mexidos e torradas na frente do Mason e outro no lugar ao lado dele, para mim.

"Era o Harry Francis?," ele pergunta, dando uma mordida nos ovos.

"Sim. Ele é um dos meus melhores amigos," confirmo.

"Eu não sabia que ele era gay," ele comenta casualmente.

"Não é um segredo," afirmo, pronta para defender o meu melhor amigo.

"Qual delas é a Ava?," ele pergunta, franzindo o rosto enquanto pensa.

"Eu não acho que você vai saber. Ela é ruiva e baixinha," eu a descrevo.

"Não faço ideia," ele balança a cabeça.

"A Leah tá no time de líderes de torcida, aquela com cabelo loiro…?" eu digo.

"Tem um monte de líderes de torcida loiras. Tipo, olha só você," ele ri, pegando as pontas do meu cabelo.

"Em breve, não vou mais ser líder de torcida," bufo, afastando o meu cabelo da mão dele.

"Quando você vai cair fora?," ele pergunta, pegando nossos dois pratos vazios.

"Provavelmente no primeiro dia de aula," franzo os lábios. Melhor acabar logo com isso, certo?

"Droga, não vai esperar nem uma semana?" ele assobia, enxaguando os pratos.

"Começamos a treinar no primeiro dia..."

"A gente também," ele diz, colocando os pratos na máquina de lavar louça.

"Não acredito na quantidade de comida que comemos ontem à noite," eu rio, girando e olhando para o lixo na mesa de centro.

"Você gostou?" o Mason pergunta calmamente.

"Sim," respondo. "Mas provavelmente não é algo que eu faria com frequência," acrescento, girando no meu banquinho para encará-lo. "Você se divertiu?," pergunto.

"Sim."

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