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Cover image for O Chamado do Alfa

O Chamado do Alfa

A Cúpula

CASPIAN

"Você está ouvindo, Caspian?"

Pisquei e olhei para cima, saindo do meu devaneio.

Meu pai e alfa Hugo estavam olhando para mim, esperando.

"Ah, não. Desculpa. Você poderia repetir?"

Teresa sorriu para mim, e lancei um olhar para ela.

Meu pai franziu a testa, inclinando-se sobre a mesa. "Você vai ser beta um dia. Você tem que levar essas coisas a sério."

"Beta dela?" Balancei a cabeça para Teresa. "Desculpe, mas prefiro roer meu próprio pé."

"Caspian!", meu pai me advertiu.

"É melhor se acostumar com a ideia, amigo", disse Teresa.

Hugo riu. "Ah, a paixão dos jovens."

Meu pai olhou para o alfa se desculpando.

"Como estávamos dizendo", meu pai continuou, mudando de assunto, "não houve indícios de outro ataque renegado nas fronteiras da matilha real, mas precisamos ficar alertas. O Blue Moon enviou algumas pessoas para ajudar a ficar de olho."

"Você e Teresa precisam estar mais vigilantes durante a Cúpula", acrescentou Hugo. "Sabemos que é um grande dia para vocês dois, mas vocês têm a responsabilidade de manter seus amigos lobos seguros. Está entendido?"

"Sim, alfa", Teresa e eu entoamos.

Nossa reunião continuou por mais alguns minutos, mas por mais que eu tentasse, não conseguia manter o foco.

Hoje eu descobriria se Lyla era minha companheira ou não.

Como eu deveria prestar atenção a uma reunião chata quando o amor da minha vida seria decidido – ou não decidido – esta noite?

Os outros se levantaram e eu os segui, um passo atrasado.

Um brilho perverso passou pelos olhos de alfa Hugo. Ele avaliou nós dois. "E se vocês dois se descobrirem verdadeiros companheiros?"

"Ai, credo!", Teresa gritou. "Nem brinque ~sobre isso!"

Meu pai e Hugo deram uma olhada no meu rosto e riram. A sensação de puro horror que eu estava experimentando provavelmente se mostrou.

"Bem, é melhor vocês torcerem para que a Cúpula me dê asas também, porque eu pularia de um penhasco", murmurei.

"Vou segurar sua mão na descida, amigo", disse Teresa.

"Olha só para isso", meu pai exclamou. "Eles concordaram em algo."

Depois de mais uma rodada de gargalhadas, alfa Hugo colocou a mão nos meus ombros e nos ombros de Teresa.

"Bom, boa sorte esta noite", disse ele.

"Não manda essa para cima da gente", Teresa olhou para ele.

"Ei, nunca se sabe", ele brincou. "A Deusa da Lua trabalha de maneiras misteriosas."

Meu pai e eu saímos da reunião. Arrastei meus pés enquanto seguia meu pai de volta ao nosso quarto.

"Teresa não seria uma má companheira, você sabe", papai disse.

"Você também não", gemi. "Cala a boca, velho."

"Ela é perspicaz e muito inteligente", papai continuou. "Ela vai ser uma excelente alfa."

"Talvez se ela arrancar a cabeça do próprio umbigo", murmurei. "Por que você está me pressionando com isso? Não é como se tivéssemos alguma opinião sobre quem são nossos verdadeiros companheiros."

"E nem todo mundo tem um companheiro de verdade", meu pai disse, ficando sombrio. "Se as coisas não derem certo esta noite, e vocês dois saírem daqui sem companheiros–"

"Isso é sobre a Lyla, não é?", interrompi.

Meu pai não respondeu.

Porra, eu sabia.

Entramos em nosso quarto e fechei a porta atrás de mim.

"O que você tem contra ela?", exigi. "Eu amo a Lyla."

"Não. Você acha ~que ama." Meu pai suspirou. "É por isso que os lobos não namoram antes de sua primeira Cúpula."

"Não me diga como eu me sinto", rosnei. Fui para longe dele, precisando me refrescar. Entrei no banheiro e joguei um pouco de água fria no rosto.

Esta noite está próxima demais.

LYLA

"Vou me vestir para arrasar!", Teresa exclamou com alegria.

Sentei na cama enquanto ela puxava suas roupas cuidadosamente dobradas de sua mala e as jogava pelo nosso quarto, procurando o look certo.

"Você sabe que todos nós vamos ficar pelados no fim, certo?", eu disse, irritada.

"Bom, claro. Mas eu esperei este momento toda a minha vida... estou mais preocupada em como vou ficar depois da festa", ela retrucou, olhando fixamente para o espelho enquanto passava várias roupas sobre seu corpo.

Ela sorriu e parou em um belo vestido que eu já sabia que abraçaria todas as suas curvas. Fiquei com um pouco de inveja de toda aquela animação.

Com o vestido na metade, Teresa parou e me observou do espelho.

"Você pode pelo menos fingir estar animada?", ela perguntou com um sorriso.

Abri um sorriso cheio de dentes para ela, tentando esconder minhas verdadeiras emoções. Era impossível, ela era minha melhor amiga e me conhecia melhor do que ninguém.

"Esqueça", disse ela. "Foi uma ideia terrível."

Gemi e me joguei de volta na cama. "Eu só queria que já tivesse acabado."

O nariz de Teresa torceu-se em desaprovação. "Você pode ter um companheiro até o final da noite, Lyla. Como pode não achar isso emocionante?"

"Eu realmente não acho que isso vai acontecer", suspirei. "Não quero criar esperanças. Além disso, eu tenho Caspian."

"Você pode conseguir coisa muito melhor do que o Caspitonto."

Ignorando seu comentário, me apoiei em meus cotovelos, sustentando o olhar do seu reflexo.

"Não importa o que aconteça, cansei de esperar. Parece que nossas vidas inteiras foram suspensas por nossos companheiros. Estou de saco cheio dessa merda. Posso assumir o controle sobre meu próprio destino."

"Aí está a fodona que eu conheço", Teresa sorriu. "Agora vem ficar sexy e pronta para o que o destino preparou para você."

Claro que eu não tinha trazido nada sexy. Eu não tinha nada que valesse a pena usar em todo o meu guarda-roupa.

Então meus olhos captaram um par de jeans sobre a cômoda.

"São seus?", perguntei, desdobrando-os.

"Costumavam ser. Mas ficaram muito apertados em mim. Achei que ficariam bem em você. Experimenta," ela disse com interesse.

Eu vesti as calças e não pude acreditar. Embora Teresa e eu tivéssemos praticamente vivido do guarda-roupa uma da outra por anos, eu nunca tinha experimentado aquele par de jeans.

E por que diabos não?!

Eles abraçaram meus quadris e coxas de uma forma que me fez questionar se eu ainda estava olhando para a mesma pessoa no espelho.

Encontrei um top preto simples com o qual eles combinavam extremamente bem e fiquei ofegante para a pessoa no espelho.

"Caramba", Teresa assobiou.

"Acho que você está certo", admiti. "Talvez esta noite seja a hora de mostrar o que eu tenho."

***

A lua cheia estava alta no céu quando passamos pelas últimas árvores em uma clareira na floresta.

Ela brilhou forte, iluminando a massa crescente de corpos nus que formavam um círculo. O ritual começaria quando todas as nossas roupas fossem jogadas ali no centro.

Dei um passo para trás ao ver tantos amigos e estranhos nus.

Não estava em meus genes ser tão aberta com meu corpo.

Eu sei, muito não-lobo da minha parte.

"Eu não sei se consigo fazer isso...", murmurei, dando alguns passos para trás.

Como lobisomem, era meu direito permitir que meus instintos animalescos assumissem o controle – correr solto e me tornar um com a natureza e o mundo ao meu redor.

Mas eu não pude deixar de me encolher com o pensamento.

"Claro que consegue", ouvi Teresa dizer ao meu lado. "Carpe diem e tudo mais, lembra?"

Ela martelou sua declaração e me lembrou que eu estava atrasada para a festa quando foi ocupar para um local aberto no círculo, sua bunda nua chamando minha atenção.

Este era o seu elemento – ela tinha um ótimo corpo e o tipo de personalidade que garantia que você soubesse disso. Ela olhou para mim e deu um aceno rápido.

Enquanto a multidão se acalmava, eu rapidamente tirei minhas roupas, perdendo o equilíbrio algumas vezes quando meu jeans ficou preso em meus pés.

Deslizei meu corpo nu ao lado de Teresa, um braço escondendo meus seios enquanto minha outra mão escondia minha virilha.

"Você está incrível", ela disse baixinho, tentando me incutir confiança.

Olhei em volta para os numerosos corpos, e meu olhar pegou Caspian, a alguns metros de distância. Foi a primeira vez que o vi totalmente nu.

Meu queixo caiu com a visão.

Ele era magro, mas musculoso, seus braços e peito mais esculpidos do que eu poderia imaginar. E quando meus olhos desceram pelas linhas em V em seus quadris, minha respiração ficou presa na garganta.

Senti isso através de suas calças em mais de uma ocasião, mas enfim ver na minha frente...

Será que cometi um erro ao não ir até o fim? E se ele encontrasse sua verdadeira companheira, e eu fosse deixada para sofrer sozinha até ficar enrugada e velha e ninguém me quisesse?

Ele chamou minha atenção enquanto eu o cobiçava. Ele piscou.

Meu peito apertou e a respiração ficou mais difícil.

Isso é um erro. É tudo um grande erro...,meus pensamentos estavam correndo.

Mas era tarde demais para voltar atrás.

A multidão ficou ainda mais silenciosa, exceto por alguns sussurros abafados. Então vi dois lobisomens enormes se moverem para o centro do círculo.

"Aquele é...?", perguntei.

"Dã", retorquiu Teresa, e a compreensão me atingiu.

Eu estava olhando para o alfa real e o beta real.

"O mais alto é Caius", ela disse simplesmente. "Aquele com o pêlo preto... esse é Sebastian."

Desta vez ela lambeu os lábios.

Sebastian...

Seu nome ecoou na minha cabeça enquanto eu permanecia tão quieta quanto os outros, observando a bela criatura na minha frente.

Nós conversamos na festa, mas não imaginava que até seu lobo era tão impressionante...

Eu acho que ele é o alfa real por uma razão.

"Ele não é magnífico?",Teresa bajulou, já sabendo a resposta para sua pergunta.

Eu não podia negar. Ela estava certa. Ele era absolutamente lindo e o lobo mais imponente que eu já tinha visto.

A pele que cobria seu corpo era como a encarnação da escuridão, e a mancha branca sobre o olho direito brilhava como uma estrela no céu da meia-noite.

Eu mal tinha percebido que os outros, um por um, estavam começando a se transformar. Senti uma sensação de alívio sabendo que meu corpo nu logo estaria coberto de pelos quando me transformasse em minha loba.

Levei apenas alguns segundos para me transformar. A pontada de dor que eu normalmente sentia nos meus ossos e músculos mudando de forma não estava mais lá.

Eu só podia sentir o medo e a incerteza tomando conta enquanto estávamos no círculo, prontos para a próxima parte do ritual.

Beta Caius deu um passo à frente, ergueu o focinho para o céu e soltou um uivo áspero que me abalou até o âmago.

A Cúpula tinha começado.

Pronta ou não, meu destino estava me chamando.

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