Fugindo do Bilionário

Toquei a campainha da casa da minha prima Ingrid. A porta se abriu um minuto depois, e lá estava ela.

Sua boca se abriu de surpresa. Para evitar que o Sr. Benson me encontrasse, não contei à Ingrid que estava indo visitá-la.

"Ha... Hailey? Oh, meu Deus, o que você está fazendo aqui?" Ela me abraçou com força, dificultando a minha respiração.

"Prazer em te ver também, prima,” eu disse.

Ela me soltou e me deu uma olhada. "O que você está fazendo aqui? Você não ligou, nem mandou mensagem...,” disse ela, com um tom de cautela. Eu não a culpava, se ela aparecesse na minha porta inesperadamente, eu também ficaria desconfiada.

"Posso entrar? Prometo que vou te contar tudo,” eu disse a ela.

"Lógico, por favor, entre." Ela abriu a porta e me conduziu para dentro.

Deixei minhas malas na porta da frente e fui para a sala de estar. Deitei no sofá e suspirei profundamente. Finalmente, eu estava longe do Sr. Benson. Ele não pensaria em me procurar aqui. Bom trabalho, Hailey.

Ingrid trouxe alguns petiscos e bebidas, depois se sentou ao meu lado no sofá. "Por mais que eu adore ser a anfitriã gentil e te deixar descansar, fazer isso não é do seu feitio e estou muito curiosa. Então comece a falar, senhora,” exigiu Ingrid, me deixando sem opção a não ser contar tudo. E foi o que fiz.

Contei sobre a aquisição da empresa, sobre o Sr. Benson e seu comportamento controlador, sobre os arrepios que ele me causava. Disse que esperava que o fato de eu estar tão longe significasse que o Sr. Benson finalmente me deixaria em paz.

Ingrid me encarou como se eu fosse um alienígena. "Você... você veio aqui para se esconder do seu chefe? O chefe que fez você se sentir viva pela primeira vez na vida? Que fez seu coração disparar e seu estômago se encher de borboletas? É desse chefe que você está se escondendo?" perguntou Ingrid, com os olhos arregalados.

Assenti com a cabeça, confusa.

"Sua tonta! Você não foge de pessoas assim. Sentimentos como esse são muito raros. Você... você se agarra a essas pessoas com tudo o que tem. Você fugiu de uma oportunidade única na vida, sua menina burra, burra,” gritou ela.

Quê? Ela também não! Achei que ela me apoiaria.

"Ingrid, o cara é perigoso. E tão poderoso que pode me destruir com um estalar de dedos. E não estou falando só do meu coração. Ele é tão rico que pode destruir minha vida. Vim para cá para fugir do perigo. Desculpa, mas não sou fã de lágrimas e sangue,” disse eu.

"Não me venha com essa, Hailey. Não me venha com a desculpa de que você veio aqui para 'evitar o perigo'. Você não passou tempo suficiente com ele para saber se ele é mesmo perigoso! Você ouviu alguns rumores, ficou assustada com os sentimentos intensos que ele causa em você e fugiu. Desculpa, mas não vou tolerar isso,” disse ela.

Bufei e cruzei os braços. "Você não está entendendo..."

"Ah, eu entendo perfeitamente, mas não estou gostando disso. Você, senhorita, não vai ficar aqui por mais de uma semana. Você vai voltar para Nova York e dar uma chance a esse homem. Não vou aceitar um não como resposta!,” gritou Ingrid.

Levantei do sofá, com minhas emoções à flor da pele. "Sabe de uma coisa, Ingrid? Vai se danar! Pensei que, vindo para cá, encontraria minha prima me recebendo de braços abertos e me oferecendo um lugar para me recuperar. Mas não, você quer que eu volte para o cara que me perseguiu, me ameaçou e vai tornar minha vida um inferno. Pensei que você fosse minha família, mas não, você é pior do que um estranho. Não se preocupe, vou embora daqui em alguns dias."

Entrei no quarto de hóspedes e fechei a porta com força antes de chorar até dormir.

***

Acordei na manhã seguinte com o Sr. Benson na minha mente. Será que a Ingrid estava certa? Será que rejeitei ele e meus sentimentos rápido demais? Pensei nele indo ao escritório hoje de manhã e não me encontrar lá. Será que essa foi a escolha certa? Eu realmente queria me livrar dele para sempre?

Suspirei. Eu não ia encontrar as respostas deitada na cama e olhando para o teto. Saí da cama e vesti uma calça jeans skinny e uma blusa amarela. Fui para a cozinha procurar a Ingrid, pensando que deveria me desculpar, mas a casa estava silenciosa. Hmm, acho que a Ingrid saiu.

Depois de vasculhar a geladeira e os armários e não encontrar nada para comer, decidi ir até a loja da esquina para comprar algo para o café da manhã.

Ao sair da loja, estava tão distraída pensando em quanto tempo ficaria no Canadá e o que faria em seguida que dei um pulo quando um Range Rover preto atravessou meu caminho e parou bem na minha frente. Fiquei tão assustada que deixei cair a sacola.

A porta traseira se abriu e eu engoli seco quando o Sr. Benson saiu do veículo. Seu terno preto se ajustava ao seu corpo como se tivesse sido feito para ele. E, ao pensar nisso, pensei que provavelmente foi. Seus músculos se sobressaíam sob o paletó, e tive de cerrar o punho para não me abanar.

"Olá, Srta. Pritchett,” disse ele enquanto seus olhos percorriam meu corpo.

Suspirei de frustração.

"Sr. Benson,” murmurei. Droga. Fui pega.