Química: Cicatrizes do Passado - Capa do livro

Química: Cicatrizes do Passado

Anna R. Bennet

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Chapter
15
Age Rating
18+

Summary

Com um sorriso, ele se aproxima e seu perfume chega até mim.

Sua camisa está encharcada, o que me dá uma visão privilegiada de seu abdômen definido.

Tirando a mangueira de perto de mim, ele se inclina para sussurrar no meu ouvido.

“Se quiser ver meu corpo, não precisa me molhar. É só pedir.”

Precisando de um recomeço, Haley aceita um emprego para limpar vilas em uma cidade pequena. Mas seu sossego é interrompido quando ela conhece seu novo colega de trabalho, um idiota sexy chamado Axel. Ela detesta o cara convencido e prepotente. Então, por que ela não consegue parar de pensar nele?

Do universo de Química.

Classificação indicativa: 18+

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Belo Deus Grego Arrogante

HALEY

Mãos fortes agarram os meus quadris, me segurando no lugar.

Tremo com a sensação da madeira fria da mesa sob a pele sensível das minhas costas nuas.

Dereck me penetra intensamente, mas devagar. Com movimentos quase preguiçosos.

Gemo em resposta, desfrutando da sensação do enorme pau dele atingindo aquele ponto bem fundo dentro de mim.

Os olhos dele escurecem com o meu som. Ele rosna e empurra em mim com ainda mais intensidade. A mesa abaixo de nós, de frente para o horizonte de Manhattan, balança com a força dos seus golpes.

Tenho certeza de que as minhas coxas vão ficar com hematomas devido à pressão do corpo dele.

A dor se mistura com o prazer enquanto me esfrego contra a sua virilha.

Em desespero, agarro sua nuca, trazendo os seus lábios para os meus.

Ele assume o controle e morde o meu lábio inferior.

Eu ofego, dando a ele a oportunidade de deslizar a língua na minha boca, aprofundando o beijo.

Nossas línguas se entrelaçam apaixonadamente.

Com um suspiro, sinto o Dereck tirar o pau de mim sem dizer nada.

Nem tenho tempo de reclamar antes que ele me vire.

Um gemido profundo escapa da minha boca quando ele penetra mais uma vez a minha boceta cheia de desejo.

O meu corpo reage ao movimento se arqueando para permitir um melhor acesso para ele.

Ronrono em aprovação quando o Dereck se aproveita desse novo ângulo.

As mãos dele deslizam da minha cintura para o meu pescoço. Elas circulam gentilmente a minha pele sensível.

Solto um leve grito com a intensidade da posição e recebo um aperto das suas mãos em resposta.

"Espera, acho que preciso respirar," eu me engasgo.

Ouço um rosnado profundo em resposta. Ele aperta ainda mais o meu pescoço.

Sinto o pânico crescendo no meu peito e um ruído sufocado escapa da minha garganta.

"Dereck, para—"

Acordo ofegante. Uma mão está na minha garganta, e eu grito, logo antes de perceber que é a minha.

Só um sonho. Foi só um sonho.

Respirando ar fresco, desenrolo o meu corpo suado dos lençóis e me levanto. Dou de cara com uma parede de janelas com vista para o mar. Os trechos de areia branca ajudam a desacelerar o meu coração agitado.

O cenário substituiu a imagem de Manhattan que persiste sob as minhas pálpebras.

"Garota, se controla."

A minha voz ecoa pelo pequeno chalé e, de repente, o lugar aconchegante parece se tornar sufocante.

Olho para os meus pijamas—um shorts listrado largo e uma camiseta velha de algodão—e os considero aceitáveis. Calço um par de chinelos antes de sair.

O ar frio do mar acalma os meus nervos, então fecho a minha porta atrás de mim, deixando ela destrancada. Morar entre colegas de trabalho e alguns dos meus amigos mais próximos significa abrir mão de certas formalidades. Como trancar a minha porta ou vestir roupas adequadas.

Embora eu ame morar entre as vilas de luxo onde trabalho como gerente, essa manhã tudo está parecendo um pouco opressivo. Preciso de privacidade para clarear a minha mente.

Olho para o horizonte e imagino que deve ser por volta das seis da manhã. É a hora certa para um mergulho matinal tranquilo. Dou a volta por trás do meu chalé em direção à praia vazia.

A areia morna desliza entre os meus dedos quando tiro os chinelos e o meu short. Não tem ninguém por perto enquanto me abaixo. Estico o meu corpo, apreciando a dor sutil que o movimento provoca. Corro em direção à água e mergulho entre as ondas calmas.

Um mergulho é exatamente o que eu estava precisando, e ainda assim, nem a calmaria da água consegue apagar a memória do meu sonho. A memória do Dereck.

Seis meses e milhares de quilômetros não foram suficientes para tirar o meu ex da minha cabeça. Mesmo depois de tudo que ele me fez passar. Mesmo depois de inúmeras noites cheias de lágrimas e hematomas que permaneceram em mim muito depois de desaparecerem de vista, um pedaço do meu coração ainda deseja o calor conhecido dele.

Ele ainda deseja a facilidade de ser a namorada de Dereck Blackstone.

Eu odeio essa parte de mim.

Ele até arruinou o sexo para mim. Por isso, estou solteira, mesmo cercada de surfistas e turistas bonitos, e mais sexualmente frustrada do que nunca.

Tudo bem, nadar não vai resolver, preciso de café.

Saio do mar, caminho de volta para onde deixei as minhas roupas e as pego. Uma brisa fresca me lembra que estou nua. Corro pelo caminho de volta para o meu chalé para me vestir.

***

"Merda, por que você não está funcionando?"

Eu balanço a alça da cafeteira sem sucesso.

A pequena cozinha dos funcionários tem a única cafeteira que é compartilhada entre todos os funcionários da empresa. Honestamente, é impressionante que ela tenha durado tanto tempo.

Haley, você não pode convencer um objeto a funcionar.

A Cafeteria Sea Salt faz um café melhor de qualquer maneira. Pego a minha bolsa, vou para fora e pulo na minha bicicleta. Eu tinha planejado ir direto para o trabalho, mas o café sempre vem primeiro.

Cinco minutos depois, paro a minha bicicleta em frente à cafeteria da região e me junto à fila de moradores esperando pela sua dose matinal de cafeína. O cheiro de grãos de café torrados me energiza. Relaxo com a agitação familiar do lugar e quase não percebo o meu celular vibrando.

"Oi, Lee!"

O som alegre da voz da minha melhor amiga Adele surge pelo telefone. Eu bufo com o apelido que ela sempre usa.

"Preciso desesperadamente de um encontro de amigas, onde você está? Quero detalhes sobre o seu grande evento!"

"Por favor, me diga que você não está chamando assim... Não quero criar expectativas muito altas. É só uma noite simples—coquetéis e conversas—só isso."

"Claro," ela responde, sem se convencer.

Estou prestes a responder quando ouço uma tosse irritada atrás de mim. Percebo que é a minha vez de ser atendida.

"Droga, Del, tenho que ir, daqui a pouco estou de volta com café."

Desligo, olho para o menu e Merda. Por que tem tantas coisas?

"Humm, oi, eu quero…," paro, examinando o quadro atrás do balcão em busca de qualquer coisa que pareça familiar. Não consigo encontrar nada.

"Sabe, se você estivesse prestando atenção, em vez de fofocando, saberia o que pedir e não estaria atrasando a fila agora."

Que rude!

Ignoro a voz atrás de mim e peço duas bebidas aleatórias.

Alguma coisa com lavanda parece bom, né?

A minha confiança momentânea diminuiu quando ouço a pessoa atrás de mim batendo as mãos com impaciência.

Qual é o problema dessa pessoa?

"Olha, eu já pedi. Já vou sair da sua frente," respondo um pouco mais brava do que eu queria.

As batidas não param, e me viro para encarar a pessoa de frente.

Ou, pelo menos, tento.

Tropeço nos cadarços das minhas botas novas e acabo dando de cara no peito da pessoa. Mãos grandes agarram a minha cintura com firmeza. Elas me seguram no lugar, me salvando do constrangimento de cair de cara no chão.

Pressionada contra a camiseta quente e sentindo o leve cheiro de cedro, considero não me afastar. A essa altura, não sei o que seria mais humilhante.

Esse é o máximo de contato masculino que tive em mais de seis meses.

Afasto esse pensamento desnecessário e coloco as minhas mãos no peito largo na minha frente, me empurrando para trás.

Ou, pelo menos, começo a fazer isso.

"Me desculpa—"

A visão à minha frente me faz parar no meio do caminho.

Inclinando a cabeça para trás, encontro o par de olhos mais impressionante que já vi. São levemente caídos e de um tom impressionante de azul escuro, e parecem penetrar fundo na minha alma.

Gaguejo um pedido de desculpas.

O homem me observa desinteressado.

Ele finalmente quebra o contato visual e corre um olhar preguiçoso pelo meu corpo, então solto um suspiro que eu não percebi que estava segurando. Ele agarra os meus dois pulsos com uma mão, tirando as minhas mãos do seu peito e me forçando a dar um passo para trás.

A distância me dá uma oportunidade de olhar para ele. Devorar ele com os olhos, na verdade.

Puta merda.

Ele pode ser impaciente, mas caramba, como ele é lindo. Abaixo dos seus cachos castanhos bagunçados e dos seus olhos de cair o queixo, tem um nariz perfeitamente torto e lábios carnudos. O rosto dele parece o de uma estátua grega.

E o corpo. O corpo dele é tão bonito quanto o rosto. O contorno dos músculos tensionados aparece através da sua camiseta fina quando ele se mexe. E esses braços—engulo em seco.

Se controla, garota.

"Olhe por onde anda."

Certo, ele nem vale o pedido de desculpas. Por que os gostosos são sempre uns babacas?

"Olhar por onde ando? Você que me distraiu!"

"Ah, então você acha que eu sou uma distração?"

"O que," eu gaguejo, "não foi isso que eu disse. Você está distorcendo as minhas palavras."

"E você está se jogando em cima de mim. Ações são mais difíceis de distorcer do que palavras."

Que audácia!

Fico boquiaberta e sinto um rubor se espalhar pelas minhas bochechas com as suas palavras.

Ele pode ser lindo, mas cara, como é arrogante.

De repente, percebo a reação do meu corpo a ele. Ele não está errado, ele é uma distração para mim.

As suas mãos estão soltas ao lado do seu corpo, mas ainda sinto elas em volta da minha cintura, me segurando de forma suave, mas poderosa.

Imagino como seria a sensação delas percorrendo o resto do meu corpo.

Uau, garota. Se controla.

Um sorriso presunçoso se espalha no rosto insuportavelmente bonito dele, quase como se ele pudesse ler os meus pensamentos traiçoeiros.

Um belo deus grego arrogante.

Eu me viro e caminho para a porta.

"Não esqueceu nada?"

Eu congelo, só agora me lembrando das bebidas caras com o meu nome nos copos que estão esfriando no balcão. Marcho de volta para a frente da fila, agradeço ao barista entediado e vou embora. Adeus dignidade.

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