Galatea logo
Galatea logobyInkitt logo
Obter acesso ilimitado
Categorias
Logar
  • Início
  • Categorias
  • Listas
  • Logar
  • Obter acesso ilimitado
  • Suporte
Galatea Logo
ListasSuporte
Lobisomens
Máfia
Bilionários
Romance com bullying
Slow Burn
Enemies to Lovers
Paranormal e fantasia
Picante
Esportes
Faculdade
Segundas chances
Ver todas as categorias
Avaliado em 4.6 na App Store
Termos de ServiçoPrivacidadeFicha técnica
/images/icons/facebook.svg/images/icons/instagram.svg/images/icons/tiktok.svg
Cover image for Por Alice

Por Alice

Capítulo 2

Enquanto caminhavam, ele lançou um olhar de lado para Katie, observando sua roupa, e balançou a cabeça.

Ela pegou o olhar dele e retrucou: "O que foi? Por que você está me olhando desse jeito e balançando a cabeça? Algum problema?"

"Sua roupa e seus sapatos," ele respondeu.

"O que tem eles?," ela retrucou, lançando um olhar furioso na direção dele.

Ele a examinou cuidadosamente antes de responder: "Suas roupas e sapatos elegantes não terão muita utilidade em um rancho."

Sentindo suas bochechas corarem de raiva, ela retrucou: "O que eu visto não é da sua conta. E para sua informação, eu tenho muitas outras roupas, algumas mais apropriadas para o rancho."

Ray sorriu. "Eu não poderia me importar menos com o que você trouxe para vestir." Um sorriso se espalhou por seu rosto. "Você poderia ir nua, pelo que me importa."

As palavras dele a fizeram corar, então ela desviou o olhar para evitar os olhos dele.

Ao chegar ao rancho, Ray pulou do caminhão, descarregou as malas dela e as colocou no chão. Ele então descarregou a madeira e a levou para os fundos, deixando-a parada ali sem se oferecer para ajudá-la com as malas.

"Idiota," ela murmurou baixinho enquanto ele se afastava. Ela olhou para a casa que seria seu lar pelos próximos um ou dois anos. Era enorme, não moderna, mas bem conservada. Mas por que não seria? Disseram a ela que o Sr. Marshall era um fazendeiro rico, um dos poucos em Fielding, Texas.

Katie examinou os arredores. Havia uma construção grande, provavelmente o estábulo, algumas menores e, um pouco mais distante da casa, alguns cavalos em uma área cercada. Ela poderia jurar que eles estavam olhando diretamente para ela. Era uma sensação estranha, especialmente com o cavalo preto parado, os olhos fixos nela. Sacudindo a cabeça para se livrar daquela sensação, ela começou a carregar suas malas escada acima.

Katie sabia que sua principal responsabilidade era cuidar da filha do fazendeiro. Os médicos lhe disseram que a criança tinha uma boa chance de sobreviver mais um ano, talvez dois. Também disseram que a criança parecia estar feliz e bem, o que era um alívio considerando sua condição. O que mais se esperava dela, ela não tinha ideia.

Depois de arrastar suas malas escada acima, ela bateu na porta, esperando alguém atender. Pareceu uma eternidade até que alguém atendesse. A porta se abriu, e uma mulher afro-americana saiu. Ela tinha pouco mais de sessenta anos, rosto redondo, uma mulher forte cuja postura deixava claro desde o início que ela não toleraria nenhuma bobagem.

Estreitando os olhos, ela olhou para Katie e perguntou: "O que você quer aqui, garota?"

"Olá, sou Katie Harris. A enfermeira contratada."

"Você está atrasada. Você deveria estar aqui esta manhã," ela disse, cruzando os braços sobre o busto amplo.

"Eu sei, me desculpe. Não percebi que a viagem seria tão longa, e meu carro quebrou."

"Nossa, você tem muitas desculpas, não é, garota? Bom, entre, vou fazer um chá para você. Aqui, deixe-me ajudá-la com suas malas."

Katie seguiu a mulher para dentro. Apesar do tamanho, o lugar era impecável e tinha uma sensação aconchegante e acolhedora. O aroma de pão caseiro e biscoitos enchia o ar. Elas foram até a cozinha, onde os biscoitos estavam esfriando em uma bandeja. O cheiro delicioso a fez salivar.

A mulher começou a preparar o chá. "A propósito, sou Jimmy. Cozinheira, governanta, entre outras coisas."

Katie levantou uma sobrancelha enquanto olhava para a mulher. "Seu nome é Jimmy?"

"É, meu pai queria um menino, eu que vim, mas ainda me chamou de Jimmy." Ela riu. "Diga, se seu carro quebrou, como você chegou aqui com todas essas malas?," ela perguntou, apontando para a bagagem de Katie.

"O faz-tudo me deu uma carona. Ele é o homem mais grosseiro que já conheci."

"Faz-tudo, que faz-tudo?," Jimmy perguntou, parecendo confusa.

"O que está lá atrás, disse que estava consertando os degraus dos fundos," respondeu Katie.

Jimmy foi até a janela da cozinha e olhou para fora. Ao avistar Ray, ela caiu na gargalhada.

Katie observou Jimmy rindo, confusa. "O que é tão engraçado?," ela perguntou.

Enxugando as lágrimas de riso, ela sorriu para Katie. "Não se preocupe com isso agora. Sente-se, beba seu chá, e eu te contarei tudo."

Eles levaram o chá para a mesa e se sentaram. "O nome da menina é Alice. Ela tem quase dez anos. Mas você já sabe disso, e sabe o que há de errado com ela, então não precisamos falar sobre tudo isso. Mas o que você não sabe é que nunca deve tratar Alice como uma doente."

Jimmy tomou um gole do chá dela e ofereceu a Katie um biscoito recém-assado. "Se você mostrar pena dela por causa da condição dela, ela vai mandar você embora."

"Alice parece uma garotinha durona," disse Katie, dando uma mordida no biscoito que derreteu em sua boca. Era o biscoito mais delicioso que ela já tinha provado, e ela saboreou com gosto.

"Sim, ela é. A menina tem quase dez anos, mas age como se tivesse trinta. Ela sabe que seu tempo é limitado. Então não tente impedir Alice de viver, isso a mataria mais rápido do que a doença."

Katie começou a engasgar. Tomando um gole de chá para ajudar a pequena migalha de biscoito a descer, ela olhou com os olhos arregalados para Jimmy. "Meu Deus, você está me dizendo que ela sabe que está morrendo? Mas ela é apenas uma criança."

Jimmy tamborilou os dedos na mesa. "Nós nunca contamos a ela. Alice sabe coisas que ela não teria como saber, mas de alguma forma ela sabe."

"Quando vou conhecê-la?," Katie perguntou.

Jimmy se levantou e levou os pratos para a pia. "Você vai conhecê-la em breve. Um dos peões do rancho a levou para a Daisy."

"O que é uma Daisy?," ela perguntou, imaginando se era algum tipo de brinquedo.

"Você está no interior, garota. Daisy é um cavalo. Você monta, garota?"

Ela balançou a cabeça. "Eu? Meu Deus, não, eu tenho pavor de cavalos."

"Você vai ter que superar seu medo, minha querida. Será um dos seus deveres cavalgar com a Alice. Vou pedir para alguém te dar aulas."

Levando sua xícara até a pia, ela olhou para Jimmy. "Quais são minhas outras tarefas?"

"Meu Deus, garota, eles não te contaram nada de onde você veio? Aqui, leve esta bebida para" – Jimmy riu – "o faz-tudo."

A última coisa que Katie queria era ver aquele homem novamente, mas ela já tinha entendido que Jimmy não era alguém a quem ela dissesse não. Pegando a bebida dela, Katie foi até a porta dos fundos. Ele estava de costas para ela, então ela limpou a garganta, tentando chamar sua atenção, mas ele não respondeu.

"Com licença." Ainda sem resposta. "Olá. Com licença, tenho uma bebida para você." Ainda nada. "Deus, você é surdo ou simplesmente grosso?"

Ray se virou, e a primeira coisa que viu foi um par de pernas de salto. Belas pernas, ele pensou. Então ele viu a bebida na mão dela. Tirando o chapéu, ele enxugou o suor da testa com as costas da mão. "Espero que você não tenha preparado isso. Você pode ter envenenado. Por que você não experimenta um pouco primeiro?"
Rangendo os dentes, ela se aproximou um pouco mais. Deus, que babaca, ela pensou. "Bem, se você não quer beber, então talvez prefira usar." Com um sorriso malicioso no rosto, ela derramou a bebida gelada sobre a cabeça dele.

"Que diabos," ele xingou enquanto se levantava e andava em direção a ela. Ela recuou e se viu presa entre a grade e Ray. Fuzilando Katie com o olhar, ele tirou a camisa, o peito e a barriga estavam molhados.

O pulso de Katie acelerou quando ela viu o corpo musculoso de Ray. Ele estava tão perto que seu corpo roçou no dela, e ela virou a cabeça para o outro lado. A princípio, ela pensou que ele fosse bater nela, mas, em vez disso, ele passou por ela e foi direto para dentro da casa.

"Ei, pare aí mesmo," ela gritou para ele. "Onde você pensa que está indo?"

Ele se virou para olhá-la e rosnou: "Lá dentro, para me limpar, graças a você."

Jimmy estava observando da janela, segurando a barriga. Estava doendo de tanto rir.

"Jimmy," ela gritou. "Diga a esse homem que ele não pode simplesmente entrar aqui, e por que você está rindo?" Katie ficou chocada com a audácia dele de entrar na casa de alguém sem ser convidado.

Jimmy enxugou as lágrimas, tentando parar o riso. "Oh, Senhor, garota. Katie Harris, conheça Ray Marshall, seu chefe." Ela se virou para Ray e disse para ele ir tomar um banho.

Os olhos de Katie se arregalaram de puro terror, sua boca se abriu enquanto ela observava sua aparência. Enquanto ele passava por ela, seus olhos se estreitaram em um olhar penetrante, e ele a empurrou para o lado, forçando-a a dar um passo para trás.

Assim que ele saiu, ela se virou para encarar Jimmy, que ainda estava reprimindo o riso.

"O que diabos eu acabei de fazer? Eu o confundi com o faz-tudo. Por que você não me avisou?" A voz de Katie tremeu de ansiedade.

Jimmy riu. "Você está brincando, Katie? Essa foi a coisa mais divertida que eu já testemunhei em eras. A Alice vai ficar arrasada por ter perdido isso."

Katie se jogou em uma cadeira, enterrando o rosto nas mãos. "Ele é o pai da Alice. Eu sairia correndo daqui agora mesmo se tivesse meu carro, mas mesmo se tivesse, ele não está funcionando."

Jimmy deu um tapinha reconfortante no ombro dela. "Ei, não é o fim do mundo, Katie. Vamos levar suas malas para o seu quarto. Você pode se refrescar antes do jantar."

Continue to the next chapter of Por Alice

Descubra o Galatea

Publicações mais recentes