A Maldição
Amari carrega uma maldição. Ela morrerá quando chegar aos vinte anos. Depois de sofrer anos de abuso de seu pai, o rei Avar, ela é vendida ao rei dragão, Maximus Joric Perica. Quando a vida de Amari é ameaçada novamente durante o Baile do Éden, ela foge do império de Maximus para encontrar liberdade e paz. Mas será que é tarde demais? Será essa maldição um fardo solitário?
Classificação etária: 18+
Introdução
MAXIMUS
Eu olhei para a garota que estava ajoelhada no chão da sala do trono. O vestido verde dela fazia o seu cabelo castanho escuro brilhar. Eu a odiava, mas me senti tentado.
"Levanta a cabeça," ordenei.
Suspirando, ela levantou a cabeça. Os olhos azuis gelados dela encontraram os meus olhos vermelhos.
"Nada mal pra uma princesa. Agora, tira a roupa," eu mandei, na frente de todo mundo.
AMARI
O pânico tomou conta do meu corpo. Olhei para ele, incrédula. Eu tinha entendido certo?
"Eu disse pra tirar a roupa, agora!" o homem ordenou novamente, mas dessa vez com raiva na voz. "Não me faça repetir."
Assentindo obedientemente, eu me despi. Os meus dedos trêmulos tentaram desabotoar a parte da frente do vestido. Todos estavam olhando para mim.
"Para," ele disse de repente, levantando a mão. "Saiam todos daqui."
Sussurros ecoaram quando as pessoas presentes na sala do trono começaram a sair. Assim que as portas se fecharam e o silêncio reinou, ele disse: "Agora, tira a roupa e vira de costas".
"Mas...", eu gaguejei.
Ele se levantou e desceu as escadas de madeira escura. Seu corpo estava reto, e a cabeça erguida.
Ele parou na minha frente e ele olhou para mim como se eu fosse lixo.
"Eu acho que te dei uma ordem," ele disse enquanto olhava para mim, com ódio. "Porra, não ouse me deixar bravo porque eu não tolero desobediência. Agora, tira essa roupa."
Abaixando a cabeça, eu olhou para mim mesma. Eu não tinha opção. Então, eu me virei lentamente e, de costas para ele, tirei a roupa. O vestido verde deslizou pelo meu corpo magro e frágil. O medo invadiu o meu coração.
"Você é horrível. Quem fez isso? A sua mãe? O seu pai?" o homem perguntou, deslizando o dedo pela minha dela.
"S-sim, o meu pai," eu gaguejei, com medo.
"Ele é um monstro muito pior do que eu, hein," ele sussurrou, puxando o meu cabelo. "Infelizmente, ninguém pode te salvar agora."
Ele me virou de frente, e passou os braços ao redor da minha cintura fina. Então, me puxando para mais perto dele até que as nossas respirações se tornassem uma só, ele murmurou: "Nem pense em fugir porque ninguém jamais se atreveu a escapar de mim, o rei dragão, o todo poderoso Maximus."
Com os olhos arregalados, eu comecei a ofegar.
"O-o que você acabou de dizer?" eu perguntei enquanto o meu lábio inferior tremia.
"Você me ouviu, humana. O que, ninguém te disse antes? Você não sabia que o seu pai vendeu você pro rei dragão? Que pena pra você, mas isso é uma delícia pra mim. Agora eu posso fazer o que eu quiser com você. Eu vou te mostrar o que é sentir medo de verdade."
