
A Bola do Jogo
Alex Thompson está cursando seu terceiro mestrado, ela tem três irmãos mais velhos muito protetores e nunca se considerou a “amiga gostosa.” Ah, sim, e o melhor amigo de seu irmão é Knox Carter, o quarterback da NFL e o homem mais sexy do mundo. Ela e Knox sempre se odiaram, mas será que esse conflito esconde sentimentos mais profundos?
Capítulo 1
ALEX
Eu estava escondida no guarda-roupa do Andrew, esperando ele chegar em casa. Ele nem imaginava que eu estava lá.
Não era minha intenção machucá-lo. Andrew foi meu namorado por dois anos, e fazia dias que não nos víamos. Estávamos atolados com a faculdade. Eu fazia engenharia na UCLA, e Andrew estudava medicina.
Era complicado achar tempo para ficarmos juntos. Então resolvi fazer uma surpresa para ele com um momento especial. Eu só vestia uma lingerie preta linda que comprei pensando nele.
Ouvi a porta da frente abrir e fiquei toda animada. Mal podia esperar para ver como ele ficaria feliz ao me ver com minha roupa sensual.
Mas aí escutei uma mulher rindo.
Espiei pela fresta da porta do guarda-roupa enquanto Andrew e uma garota entravam no quarto dele, se beijando. Eles tiraram a roupa. Ela o empurrou na cama e montou nele como se já tivesse feito aquilo várias vezes antes.
“Ai meu Deus, isso” ela gemeu alto quando começaram a transar.
Ela rebolava em cima dele, e seus seios balançavam. Observei chocada enquanto Andrew segurava os quadris dela e a penetrava com a mesma paixão que usava comigo. Era tudo tão familiar, até o jeito que ele sussurrava o nome dela.
Ela não sussurrava, ela gritava.
“Porra, Andrew! Aí... mesmo!... Mmmmm, aí mesmo, gostoso!”
Ele agarrou os seios dela com força, segurando-os enquanto gemia. Ela jogou a cabeça para trás, gemendo alto, então olhou para ele com um sorriso safado.
“Fala” ela disse, ofegante. “Fala que sou a melhor que você já teve. Melhor que ela.”
Andrew não hesitou.
“Você é, você é... melhor... que ela” ele disse, cada palavra saindo com esforço “A... melhor...”
Eu não aguentava mais.
“Mas que porra é essa?!” berrei enquanto saía do guarda-roupa.
“Caralho!” Andrew gritou enquanto a empurrava para longe. Ela gritou ao cair no chão.
Andrew tentou sair da cama, se enrolando nos lençóis enquanto tentava vir até mim. A garota tentava se cobrir, pegando suas roupas.
Olhei para ele furiosa, respirando pesado.
“Vim aqui te fazer uma surpresa” falei, minha voz tremendo de raiva. “Eu estava no guarda-roupa esperando por você. Com essa merda dessa lingerie. Pra você.”
Seus olhos percorreram meu corpo, mesmo agora, e ele teve a cara de pau de dizer baixinho:
“Você está linda. Esse conjunto é...”
“Vai se foder” cortei ele enquanto pegava minha calça de moletom e vestia. Coloquei meu moletom com as mãos tremendo.
Eu precisava cair fora. Não queria que ele me visse chorar. Fui em direção à porta.
“Alex, por favor, vamos conversar. Eu te amo tanto, mais que tudo” Ele tentou pegar minha mão.
“Não encosta em mim, seu canalha! Se você me amasse tanto assim, não teria uma loira qualquer te montando, Drew. Não tem mais nada para conversar. ACABOU! TÔ TERMINANDO COM VOCÊ!”
Eu estava uma fera e sabia que precisava sair antes de fazer uma besteira.
Ele ficou entre mim e a porta, bloqueando minha passagem com seu corpo seminu. Seus olhos estavam arregalados e por um segundo achei que ele fosse cair de joelhos.
“Sai. Da. Minha. Frente” eu disse.
“Alex, por favor, me desculpa. Não vai acontecer de novo, eu juro.”
Empurrei seu peito, tentando passar por ele, mas ele agarrou meu braço com força. Seus dedos me machucaram e por um momento seu rosto ficou estranho. Ele estava desesperado? Com raiva? Assustado?
Dei um tapa na cara dele sem pensar. O som foi alto e definitivo.
“Amor, eu...” ele começou a dizer, estendendo a mão para mim de novo.
Foi a gota d'água.
Fechei o punho e acertei seu nariz com força. Ter três irmãos mais velhos ensina você a socar.
Minha mão doía, mas foi bom ver ele recuar, levando a mão ao nariz sangrando.
A outra garota, agora meio vestida, levantou-se e disse com maldade:
“Ele vem tentando se livrar de você há meses. Me contou tudo. Disse que você era grudenta e chata. Eu estou dando a ele tudo o que ele sempre quis.”
Ela parecia orgulhosa, como se achasse que tinha ganhado alguma coisa. Como se pensasse que eu simplesmente jogaria a toalha.
Em vez disso, sorri.
“Ah, é mesmo? Que engraçado, ele me disse a mesma coisa sobre a garota antes de mim. Disse que ela era carente. Dramática. Que enchia o saco. Soa familiar?”
Ela piscou, sua boca se abrindo um pouco.
“Pelo menos eu fui decente o suficiente para esperar até que ele terminasse com ela antes de começar a transar com ele” acrescentei, cada palavra cheia de veneno. “Mas talvez você goste de caras sem caráter.”
Bati a porta atrás de mim e corri para o elevador. Assim que as portas se fecharam, comecei a chorar, meus soluços ecoando no pequeno espaço.
Saí do prédio para a noite quente de Los Angeles. Andei um pouco e achei um banco em um parque. Peguei meu celular e liguei para a minha colega de quarto, Andy, mas ela não atendeu, então liguei para outra pessoa próxima, meu irmão.
Meu polegar tremia enquanto eu apertava o contato, meus olhos embaçados pelas lágrimas, meu peito ainda apertado por tudo que eu tinha acabado de ver. Mas quando alguém atendeu, não era a voz do meu irmão.
“Alex?” disse a voz grave e rouca. “Por que você está me ligando?”
Fiquei sem ar por um segundo.
“Knox?”
Claro. De todas as pessoas na minha agenda, eu tinha sem querer ligado para Knox Carter, o melhor amigo do meu irmão, o cara que costumava jantar na nossa casa quase toda noite, e que agora por acaso era um dos jogadores de futebol americano mais famosos da NFL.
Eu não o via pessoalmente há anos, mas o tinha visto em várias capas de revista. Eu sabia como ele era: todo forte, pele bronzeada, olhos azuis brilhantes e aquela barba curta perfeita. O tipo de rosto que fazia as empresas quererem ele nos seus anúncios e fazia garotas em todo canto se apaixonarem.
E agora, essa pessoa estava do outro lado da linha.
Ele soava mais velho, mais rouco, mas eu conhecia muito bem aquela voz.
“Alex” ele disse de novo, sua voz mais suave dessa vez, mas soando preocupada. “Você está chorando?”
Funguei, limpando rapidamente meu rosto.
“Não. Não é nada. Liguei errado. Eu não quis...”
“Não mente para mim” Sua voz ficou dura de novo, forte e protetora de um jeito que fez meu peito doer. “O que aconteceu? Onde você tá?”
“Está tudo bem, eu só...”
“Alex. Onde. Você. Tá.”
“Estou em L.A., Knox. O que importa? Você não está em Nova York?”
Ele respondeu na hora.
“Estou na cidade. Fazendo fotos. Acabei de terminar. Estou indo aí.”
Meu coração disparou.
“Peraí... o quê? Knox, não, você não precisa...”
“Já estou no carro, boneca. Me diz onde você está agora.”
Hesitei, então dei o endereço.
“Fica exatamente aí. Não se mexe. Estou indo te buscar.”
“Knox, isso não é necessário, eu...”
“Ninguém te faz chorar” ele disse, em voz baixa e perigosa. “Não quando eu estou por perto. Nunca. Chego em dez minutos.”
Ele desligou.
Minhas mãos ainda tremiam, mas por um novo motivo. Knox Carter, o moleque que eu não suportava quando éramos crianças, aquele que vivia puxando meu cabelo e me chamando de sabe-tudo, estava vindo me ver.
Mas ele não era mais um moleque. Era o solteiro mais cobiçado da NFL, o cara com um sorriso que fazia milhões de garotas gritarem pelo mundo todo.
E ele estava vindo por mim.
Eu não sabia se devia ficar animada ou apavorada.















































