Por Alice - Capa do livro

Por Alice

Heather Teston

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Chapter
15
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18+

Summary

Katie, uma jovem enfermeira de Los Angeles, se muda para o interior do Texas para cuidar de uma garotinha com uma doença terminal.

Sair da cidade grande para o campo é uma mudança enorme, mas nada podia prepará-la para o que estava por vir ao conhecer o pai da menina.

Ray teve seu coração partido vezes demais. Ele perdeu todas as pessoas que amava e sabe que, em breve, também terá que se despedir da sua adorada filha. A última coisa que ele quer é se apaixonar: seu coração não aguentaria mais uma perda. Mas tem alguém especial nessa equação! A garotinha, Alice, está determinada a encontrar alguém para o seu pai antes de morrer. Ela tem o dom de ver o futuro e sabe que Katie é a pessoa certa para fazer Ray feliz.

Ele só tem que deixar de ser teimoso e parar de lutar contra seus sentimentos pela enfermeira...

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29 Chapters

Chapter 1

Capítulo 1

Chapter 2

Capítulo 2

Chapter 3

Capítulo 3

Chapter 4

Capítulo 4
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Capítulo 1

Por Alice

Katie Harris tinha uma longa jornada pela frente, de Los Angeles, Califórnia, a Fielding, Texas. Ela recebeu uma oferta de emprego lá como enfermeira particular e babá de uma criança com uma doença terminal, uma menina de dez anos que sofria de uma doença rara no sangue e no coração.

Katie cresceu sem amigos próximos ou família, tendo sido criada em um orfanato até ter idade suficiente para trabalhar e se formar em enfermagem. Então, deixar Los Angeles não parecia uma perda significativa.

Enquanto dirigia, Katie se maravilhou com a beleza da área rural, com suas montanhas majestosas e rios sinuosos sob um céu tão azul que era quase surreal. Logo, ela avistou uma placa que dizia Bem-vindo a Fielding, Texas.

Um suspiro de alívio escapou de seus lábios quando ela percebeu que finalmente havia chegado ao seu destino. A cidade era muito menor do que ela imaginava. Com sede, Katie decidiu parar em uma pequena loja de conveniência que chamou sua atenção.

A porta rangeu ao abrir, e um sino tocou quando ela entrou. Atrás do balcão estava uma jovem, com não mais que dezesseis anos, com seu cabelo castanho preso em um rabo de cavalo. Dois homens, ambos de jeans e chapéus de cowboy, estavam do outro lado do balcão.

O homem mais velho, que parecia estar na casa dos cinquenta, tinha uma barriga redonda que se projetava visivelmente. Ele lançou um sorriso amigável para Katie, que retribuiu. O outro homem era muito mais jovem, alto e musculoso, com cabelos pretos meia-noite e pele bronzeada. Ele era perigosamente bonito, e quando ele sorriu para ela, Katie sentiu seu coração palpitar.

A conversa na loja parou quando ela entrou, e ela pôde sentir os olhos deles nela enquanto se dirigia ao refrigerador.

As garrafas de água foram colocadas na prateleira de cima, fora do seu alcance. Mesmo na ponta dos pés, ela não conseguiu alcançá-las, e soltou um gemido suave de frustração.

Ray, o jovem no balcão, estava a observando atentamente. Ele estava cativado por sua estrutura pequena, longos cabelos loiros e corpo bonito. Ele andou até a geladeira, estendeu a mão acima da cabeça dela e entregou a ela uma garrafa de água. "Aqui está, senhorita. Eles deveriam colocar isso em uma prateleira mais baixa para mocinhas como você alcançarem," ele disse, seu tom levemente condescendente.

Estando tão perto, ela podia sentir o cheiro da loção pós-barba dele misturado ao cheiro de suor. Era um perfume distintamente masculino que lhe causou arrepios na espinha. Mas ela também estava com calor e exausta, e enxugou o suor da testa com as costas da mão. Ela não estava com humor para os comentários condescendentes dele sobre sua altura, e ela o repreendeu. "Eu não sou uma mocinha, seu idiota."

Com a garrafa de água na mão, ela foi até o balcão para pagar. Sua garganta estava seca, e ela estava ansiosa para beber da garrafa. Ela ficou um pouco irritada quando ele a seguiu até o balcão, mas decidiu ignorá-lo enquanto pegava sua carteira.

Quando ela estava prestes a entregar o dinheiro à balconista, o jovem interrompeu: "Lucy, coloque a água da moça na minha conta."

Ela se virou para olhá-lo, seu tom cortante enquanto retrucava: "Não te conheço, e mesmo se conhecesse, posso pagar minha própria água. Certamente não preciso de nenhuma ajuda sua."

O homem mais velho riu com vontade, dando um tapinha nas costas do mais novo. Ele então se virou para Katie e disse: "Diga a ele, mocinha. Meu nome é Bo, e esses aqui são Ray e Lucy. Você está só de passagem pela cidade, senhorita?"

Katie simpatizou com Bo instantaneamente. Ele tinha um rosto tão amigável, e ela não se importava que ele a chamasse de "mocinha." "Não, senhor..." Ela parou, sem saber como chamá-lo.

Bo estendeu a mão. "Reilly, Srta. Bo Reilly. Apenas me chame de Bo. E você é?"

"Eu sou Katie Harris. Estou aqui para trabalhar para os Marshalls, cuidando da garotinha deles. Você poderia me dizer onde eles moram?"

O rosto de Bo se iluminou, e ele olhou para Ray. "Bom, Katie, posso fazer melhor do que isso."

Ray, que estava parado atrás e ouvindo a conversa, ainda estava se recuperando da bronca anterior. Seu ego estava ferido, e ele interrompeu Bo antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa. "Vire à esquerda no sinal de pare, dirija cerca de três quilômetros e vire novamente à esquerda. Você não tem como errar, desde que esteja prestando atenção para onde está indo," ele disse, seu tom pingando sarcasmo.

Revirando os olhos, ela agradeceu e então se virou para Bo. "Foi bom conhecer você," ela disse, dando a ele um sorriso caloroso.

"Ah, foi um prazer, Srta. Harris. Vejo você por aí."

Assim que Katie saiu da loja, Bo se virou para Ray. "Por que você não me deixou dizer a ela quem você era?"

Ray sorriu, um palito de dente balançando na boca. "Não gostei da atitude dela. Não tem como essa garota da cidade ser adequada para o trabalho, e vou mandá-la embora em breve." Um sorriso se espalhou por seu rosto esculpido. "Mas, primeiro, acho que vou me divertir um pouco com a Srta. Harris."

"O que você está planejando com essa mocinha?," Bo perguntou, observando o sorriso de Ray com interesse.

"Só vou mostrar a ela o quanto a vida em um rancho pode ser difícil. Vejo você mais tarde, Bo." Com um aceno, Ray saiu da loja, já planejando seu próximo passo.

Bo virou-se para Lucy. "Sabe de uma coisa, Lucy? Meu instinto me diz que vai ser a Srta. Harris quem vai ensinar uma coisa ou duas a ele."

Bo saiu da loja, rindo sozinho. Ele mal podia esperar para chegar em casa e contar à esposa sobre a briguenta Katie Harris.

Enquanto dirigia pela estrada de terra esburacada, Katie se viu pensando em Ray. Ela ainda estava furiosa com o comentário dele sobre sua altura. Ele a fez se sentir como uma criança, e ela queria tirar aquele sorriso presunçoso do rosto dele. Mas então seu carro começou a fazer um barulho estranho, e ela estacionou no acostamento no momento em que ele parou.

Ela bateu os punhos no volante, xingando baixinho. "Não, não, seu carro idiota, não ouse me abandonar agora. Ah, meu Deus, não aqui, de todos os lugares, no meio do nada."

Depois de várias tentativas frustradas de ligar o carro, ela desistiu. Ela sabia que teria que andar o resto do caminho, então saiu e pegou as duas malas de que precisava. O resto das coisas teria que esperar até que ela pudesse voltar para pegá-las.

Nesse momento, uma caminhonete branca suja de terra passou rugindo por ela, depois diminuiu a velocidade e deu marcha ré. O motorista colocou a cabeça para fora da janela, e ela gemeu quando reconheceu o cowboy irritante da loja.

"Está com problemas com o carro, moça?," ele perguntou, com um tom brusco.

"Você de novo," ela murmurou, balançando a cabeça. "Uau, nada passa por você, não é?"

Suas mãos apertaram o volante, e ele começou a ranger os dentes. Apesar da raiva crescente, ele saiu da caminhonete e foi até o carro dela. Ele abriu o capô e gritou para ela entrar e dar a partida. "Bom, gire a chave logo," ele gritou para ela.

"Estou girando, mas não está fazendo nada," ela gritou de volta.

"Tem certeza de que está fazendo certo?," ele gritou, enxugando o suor da testa.

O comentário dele a enfureceu. Ele a estava tratando como se ela fosse burra. Com a cabeça dele ainda sob o capô, ela apertou a buzina, que ainda estava funcionando. O barulho repentino o fez pular, e ele bateu a cabeça.

"O que diabos você pensa que está fazendo?," Ray xingou ela, esfregando a cabeça.

Ela sorriu enquanto ele xingava e fechava o capô. "Desculpe, minha mão escorregou."

Ray tirou o chapéu e esfregou a cabeça. Ao ver o sorriso no rosto dela, ele sabia que ela estava mentindo. "Bom, seu carro já era. Meu palpite é que você precisa de um motor novo."

Katie saiu do carro, batendo a porta. "Ah, que ótimo. Onde vou conseguir um desses por aqui?"

"Podemos ser uma cidadezinha caipira para você, moça, mas temos uma oficina na cidade. Mas eles só aceitam dinheiro, não galinhas ou assados," ele acrescentou sarcasticamente.

Ela colocou a mão na cintura e olhou feio para ele. "Você é sempre tão rude com estranhos?"

Ele resmungou baixinho, pensando que era ela que estava sendo rude. Ele pulou em sua caminhonete, pronto para ir embora, mas então olhou para Katie. Ele provavelmente a teria deixado abandonada se seus pais não o tivessem criado para fazer a coisa certa. Vingança é uma merda, ele pensou consigo mesmo.

"Você quer uma carona até o rancho?," ele gritou pela janela.

Ela cruzou os braços e respondeu: "Eu não quero que você tenha que desviar do seu caminho."

"Não vou; tenho madeira para levar para lá. Estou consertando a varanda dos fundos."

"Nesse caso, sim, obrigada," ela disse, indo até o porta-malas e tirando as outras três malas.

Ray permaneceu parado em seu assento, sem fazer nenhum movimento para ajudar Katie com a bagagem. Ele observou enquanto ela lutava com as malas, tentando colocá-las no bagageiro.

Assim que conseguiu entrar, ela lançou-lhe um olhar mordaz. "Uau, sua ajuda foi inestimável," ela cuspiu, sua voz pingando sarcasmo.

Uma risada escapou dos lábios de Ray. "Você não disse que não precisava nem queria minha ajuda?"

Com um bufo, ela bateu a porta e afivelou o cinto de segurança. Ela se recostou no assento, braços cruzados sobre o peito. Ela virou o olhar para a janela, decidindo que preferia assistir à paisagem do que conversar com ele. Graças a Deus, é uma viagem curta até o rancho, ela pensou, aliviada por não ter que suportar a presença dele por muito mais tempo.

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