Meu Alfa me Odeia: Última Temporada

WOLFGANG

Ao descer a escada fria e úmida que levava às masmorras, eu tremia de antecipação.

Meu beta, o Max, veio logo atrás, suas garras afiadas estalando nos degraus de pedra.

Íamos interrogar o irmão do Wendell, Alastor, e extrair informações sobre seus planos traiçoeiros para a raça dos lobos.

Entramos nas masmorras. Eu podia ouvir os gritos abafados do Alastor vindos de uma das celas.

O cheiro de decadência e desespero pairava pesadamente no ar, e eu mal conseguia enxergar pelos corredores mal iluminados.

"Levante, Alastor," rosnei quando chegamos à cela. "Temos algumas perguntas para você."

Alastor se levantou lentamente do chão, com o pelo emaranhado e os olhos injetados de sangue pela tortura que sofreu. "O que você quer de mim?," ele cuspiu.

"Informações," Max rosnou com raiva. "Sabemos que seu irmão está planejando algo grande contra a nossa matilha. Precisamos saber o quê."

Os olhos de Alastor dispararam entre nós. "Não," ele finalmente disse, com a voz trêmula.

Dei um passo à frente, minhas presas à mostra. "Você vai falar," eu disse, minha voz baixa e ameaçadora. "Ou teremos que usar outros métodos."

Alastor arregalou os olhos de medo quando o Max agarrou sua pata ferida.

"Sempre podemos lavar suas feridas com água salgada," ameaçou Max. "Ou talvez até mesmo deixar alguns dos outros lobos aqui fazerem o que quiserem com você."

Alastor estremeceu de dor e o Max apertou ainda mais. "Tá bom, tá bom," ele finalmente cedeu. "Eu vou conversar."

Dei um passo à frente, ansioso para ouvir o que ele tinha a dizer. "Conte tudo o que você sabe," eu disse.

"O Wendell tem trabalhado com caçadores humanos e bruxas," disse Alastor, com a voz baixa e trêmula.

"Eles estão planejando exterminar toda a raça dos lobos. Ele está escondido em Fairbanks, em um pequeno laboratório subterrâneo. Ele está trabalhando em um soro que tornará a raça dos lobos fraca e vulnerável."

Meu sangue ferveu de raiva. "Precisamos parar esse cara," eu disse para o Max. "Vou falar com a Aurora."

Quando o Max saiu, virei para o Alastor. "Você vai ficar aqui," eu disse, minha voz fria. "E se descobrirmos que você mentiu para nós, voltaremos."

Alastor se encolheu de medo quando saí da cela, o som dos seus gemidos ecoando pelas masmorras desoladas.

SIERRA

Fiquei no saguão, meu coração batendo forte no peito enquanto me preparava para ouvir o Wolfgang.

Ele tinha descido na masmorras para conversar com o irmão do Wendell.

Aconteça o que acontecer, eu estava preparada para atacar os caçadores humanos e as bruxas que ameaçavam a nossa existência.

Ao me virar em direção à porta da frente, bati em alguém e quase perdi o equilíbrio.

"Ei, cuidado onde pisa," disse uma voz profunda e masculina.

Olhei para cima e vi um homem com olhos azuis penetrantes e cabelo curto e escuro parado na minha frente.

Ele usava uma jaqueta de couro e tinha uma besta pendurada no ombro.

Era o Jordan, o responsável por liderar a unidade do exército do Wolfgang especializada em combate com bestas.

"Jordan," eu disse, minha voz quase um sussurro.

"Sierra," ele respondeu, seu sorriso se espalhando.

Quando nos olhamos, uma descarga elétrica percorreu meu corpo. Foi como se o tempo tivesse parado e o resto do mundo tivesse desaparecido, deixando apenas nós dois ali.

"Acho que já nos conhecemos," disse ele, com a voz rouca.

"Acho que sim." Meu coração disparou com antecipação.

Encontrei meu companheiro. A conexão entre nós era inegável e eu soube naquele momento que estávamos destinados a ficar juntos.

Sem pensar duas vezes, ele deu um passo à frente e me puxou.

Passei meus braços em volta do seu pescoço e nos beijamos ardentemente.

Era como se o mundo tivesse ganhado vida novamente e eu pudesse sentir o amor e a paixão surgindo através de mim.

"Eu não acredito," eu disse, sem fôlego. "Eu estive esperando por você minha vida inteira."

Jordan sorriu, seus olhos brilhando. "Eu também, Sierra. Eu também."

Eu sabia que teríamos uma batalha para travar em breve, mas também sabia que, juntos, poderíamos lidar com qualquer coisa que aparecesse no nosso caminho.

"Vamos botar uns caçadores e umas bruxas pra correr," ele disse, sua voz cheia de amor e admiração. "Eu sei que seremos incríveis."

Sorri, sentindo uma onda de adrenalina. "Pode apostar que sim."

WOLFGANG

Caminhei pelo pátio da mansão, minha mente cheia de pensamentos sobre a Aurora.

Ao virar uma esquina, quase colidi com a Sierra.

"Wolfgang!," ela exclamou, sorrindo.

"Sierra," respondi, balançando a cabeça. "Como vai?"

"Muito bem," disse ela, com os olhos brilhando. "Na verdade, eu queria te contar uma coisa."

Levantei uma sobrancelha, curioso. "O quê?"

"Encontrei meu companheiro," disse ela, feliz. "O nome dele é Jordan e ele é incrível. Eu me sinto muito sortuda por a gente ter se encontrado."

Claro, tinha que ser o Jordan. Ele era um guerreiro incrível, um dos nossos melhores.

Eu não pude deixar de sorrir. "Essa é uma notícia maravilhosa, Sierra. Estou feliz por você."

Ela olhou para mim por um momento, como se estivesse pensando em algo. "Wolfgang, quero que você saiba que estou aqui para ficar."

Eu sorri. Eu estava preocupado que ela quisesse voltar agora que encontrou seu companheiro. Precisávamos de números.

"Eu sei que vim para a sua matilha para encontrar um companheiro," ela continuou.

"Mas quero te ajudar a vencer essa guerra. A matilha Night Walker jura lealdade à matilha Blood Moon."

Senti uma onda de gratidão e admiração por ela. "Obrigado, Sierra. Seu apoio significa muito para nós."

"Eu só quero fazer a minha parte," disse ela, com a voz cheia de determinação. "Temos que lutar pela nossa liberdade, pelo nosso direito de existir. E quero fazer parte dessa luta."

Dei um abraço rápido nela e fui para a torre do relógio. Algo me dizia que a Aurora estaria lá, com os cabelos esvoaçando.

Ela estava. Caminhei até ela, meu coração inchando com sua beleza tranquila.

"Ei, você."

Ela sorriu para mim.

"Venho trazer notícias sobre o Wendell."