Um Bebê para Dana - Capa do livro

Um Bebê para Dana

Heather Teston

Capítulo 3

JAKE

"Então, o que você tem para mim, Allen?"

Allen saiu de trás da sua mesa e levou Jake para se sentar em outra cadeira da sala. "Há uma mulher que pode estar disposta a aceitar a proposta, Jake. Dana Jones, de 24 anos."

Jake grunhiu. "Ela deve estar muito desesperada para se casar só por dinheiro." Quando Allen não retribuiu o sorriso, Jake se mexeu na cadeira. "Então, essa mulher é muito feia?"

Allen olhou por cima dos óculos. "Pensei que a aparência não importava."

Jake deu de ombros. "Se eu tiver que tirar fotos com ela para tornar isso crível, seria bom se ela fosse bonita."

Allen voltou a inspecionar a papelada em sua mesa. "Sei que ela é muito bonita. Mas tem um pequeno problema."

Jake se levantou e começou a andar de um lado para o outro, com as narinas dilatadas. "Eu sabia. Ela quer mais dinheiro, não é? Quanto?"

"Não, a Srta. Jones não está atrás de mais dinheiro. Acalme-se, Jake."

"Bom, se não é mais dinheiro, então o que é?" Jake parou de andar de um lado para o outro e olhou para o homem curvado atrás da escrivaninha.

"A Srta. Jones quer um bebê."

"Você perdeu a cabeça, Allen? Já te disse que não quero filhos. Encontre outra pessoa." Jake pegou seu paletó e saiu em direção à porta.

A cadeira de Allen raspou no assoalho de madeira quando ele se levantou. "Ouça o que estou dizendo. A mulher não quer continuar casada ou ter o pai do bebê em cena.

"Engravide a garota e nunca mais terá que vê-la."

Com uma mão na maçaneta, Jake mordeu o lábio inferior. "Isso não me cheira bem. E se ela tentar me extorquir mais tarde?"

Allen afastou o protesto de Jake. "O contrato será indiscutível. Ela e a criança não terão direito a nenhuma pensão alimentícia e nem mesmo a entrar em contato com você."

Jake passou a mão no queixo. "Ok. Marque um encontro, vou dar uma olhada nela."

Allen sorriu e pegou seu telefone. "Mande a Srta. Jones entrar,” ele instruiu sua secretária.

"Espera, quê? Ela já está aqui?"

"Você precisa estar casado há pelo menos um ano para ter direito a receber a herança. Imaginei que estivesse com pressa."

Jake engoliu o incômodo. Ele não gostava de ser pego de surpresa. Mas Allen estava certo. Isso economizaria tempo. Era melhor acabar logo com isso.

Ele se recostou e tamborilou os dedos no braço da cadeira.

Passaram-se mais dez minutos até que Jake ouviu a porta se abrir atrás dele. Ele virou e viu uma loira esbelta entrando na sala.

Muito bonita mesmo, pensou ele. ~E bem gostosinha~.~

Jake preferia mulheres mais altas, mas tinha algo nessa Dana que chamou sua atenção.

Seus olhos eram de um azul impressionante, da cor do mar azul profundo, e ela tinha traços delicados.

Ou talvez fossem seus lábios cheios e deliciosos ou o formato do seu pescoço.

Um pescoço que ele podia se ver beijando.

Allen foi até Dana e apertou sua mão. "Srta. Jones, fico feliz que tenha vindo. Eu sou Allen Clay e este é Jake Rayburn."

Quando Jake ficou de pé, Dana teve que olhar para cima. Seus cabelos eram negros, os olhos de um tom escuro de azul e a pele bronzeada.

"Você me deixou esperando por dez minutos, Srta. Jones. Essa é uma qualidade que considero muito desagradável nas pessoas. Espero que isso não se torne um hábito seu."

A expressão suave de Dana se endureceu. Dando a Jake um olhar de desprezo, ela respondeu: "Desculpe, Sr. Rayburn, cheguei há uma hora. Foi o senhor que me deixou esperando."

Jake sibilou com os dentes cerrados. "Alguns de nós estão ocupados e não têm tempo a perder. Não se atrase novamente ou isso acabará antes mesmo de eu considerá-la."

Allen limpou a garganta para chamar a atenção deles. "Jake, Dana, por favor, sentem-se. Vocês são a única saída para cada um conseguir o que quer. Pelo menos tentem se conhecer melhor."

Jake ficou firme até que Dana revirou os olhos e se sentou.

Quando ela cruzou uma perna sobre a outra, Jake deixou seus olhos vagarem, observando cada forma e contorno. Como o vestido dela era curto, ele conseguiu ver uma grande quantidade de coxas e ficou grato por isso.

Apesar da agitação em suas calças, Jake estava determinado a assumir o comando, por isso ficou de pé, empoleirado na mesa de Allen. "Onde você trabalha, Srta. Jones?"

"Na Millie's Flowers."

"Você é a dona?"

"Não, ela é de amigos meus. A Millie e o Todd."

Uma lufada de ar escapou do canto dos lábios de Jake.

"Qual é o problema, Sr. Rayburn? Isso não é bom o suficiente para você?"

"Bem, não imagino que terei pressa em dizer às pessoas nas festas que minha esposa é uma florista."

"Quem disse que aceitei ser sua esposa?,” ela esbravejou.

Jake a ignorou. "Você é muito bonita. Por que não vai a um bar e pega um cara, transa com ele e engravida? Qual é o seu problema?"

Ele a observou com um sorriso presunçoso no rosto. "Tenho certeza de que não é difícil te levar para a cama. Ou a ideia de transar por quinhentos mil dólares te deixa com tesão?"

Dana saltou da cadeira, com as bochechas coradas. "Seu filho da puta. Como você ousa falar comigo desse jeito, como se eu fosse uma vagabunda?"

Jake afrouxou a gravata e levantou da escrivaninha para que pudesse, mais uma vez, se elevar sobre ela.

"Como você chamaria alguém que quer se casar com outra pessoa apenas por dinheiro e um bebê? Que tipo de golpista maluca é você?"

"Seu desgraçado!" Dana deu um tapa forte no rosto de Jake e saiu da sala.

Quando Jake virou para Allen, o advogado idoso estava caído sobre sua mesa com a cabeça entre as mãos.

"Isso não deu certo, Jake. Vou continuar procurando."

Jake esfregou a bochecha onde Dana bateu. "Não precisa, Allen. Ela é perfeita. Essa é a mulher com quem vou me casar,” disse ele com um sorriso.

"Mas, Jake, ela odeia você."

"Sim, eu sei. Era exatamente o que eu queria para ter certeza de que ela não é completamente louca e nem vai me dar dor de cabeça no final de tudo isso. Agora eu só preciso pedi-la em casamento."

DANA

Dana entrou na floricultura e bateu a porta atrás de si. Ela encontrou Millie sentada no seu computador na sala dos fundos e desabou na cadeira ao lado dela.

Millie levantou uma sobrancelha. "Presumo que as coisas não tenham corrido muito bem?"

"Ah, Millie. Jake Rayburn é o homem mais detestável que já conheci. Eu não me casaria de jeito nenhum com um idiota como ele, nem mesmo por um ano."

Millie começou a digitar no computador e, um momento depois, a imagem de Jake apareceu. Ela ofegou e apontou para a tela. "Meu Deus, Dana, é ele?"

Dana assentiu e fez uma careta. "Sim, esse é o idiota."

Millie lambeu os lábios. "Mãe do céu, ele é lindo. Se eu não fosse casada, eu o comeria. Pense em como seu filho seria lindo se ele fosse o pai."

Ela clicou em um link e começou a ler. "Diz que ele é um dos advogados criminais mais jovens de Nova York e que namora apenas as mulheres mais glamourosas e ricas.

"Os hobbies são andar de barco, atirar, escalar montanhas, entre outras coisas."

Dana zombou. "Eu não estou nem aí. Odiei o homem, ele é insuportável. Nunca conseguiria superar o fato de ele ser um idiota, muito menos dormir com ele."

Millie deu um sorrisinho malicioso para Dana. "Você não precisa gostar do homem para dormir com ele. E não é melhor você não gostar dele? Assim vai ser mais fácil ir embora quando o ano acabar."

Dana se virou para olhar a foto na tela. "Talvez você tenha razão. Eu não teria que passar nenhum tempo com ele.

"Além disso, com o dinheiro que vou receber, não vou nem precisar transar com ele. Posso esperar até o fim do ano e depois pagar pelo tratamento de fertilidade."

Ela colocou o rosto entre as mãos. "Mas acho que ele não vai me ligar, não depois que eu dei um tapa na cara dele."

Os olhos de Millie se iluminaram. "Você fez o quê?"

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