Em Busca da Felicidade - Capa do livro

Em Busca da Felicidade

Alissa C. Kleinfield

Capítulo Três

JOLENA

A manhã seguinte era segunda-feira, o dia em que Jolena não precisava trabalhar, e ela dormiu até tarde.

Quando ela caminhou até a cozinha para fazer um café, ela se assustou quando viu Joe de pé no balcão da cozinha com uma xícara de café na mão.

"Bom dia, Jô, você dormiu bem? Você quer café também?" Ele perguntou a ela. Ele parecia ter muita energia; pode ser por causa do café.

"Joe, você ainda está em casa. O que você está fazendo aqui, não precisa ir trabalhar?" Jolena perguntou com uma carranca.

"Estou trabalhando em casa hoje", ele disse a ela, enquanto pegava uma nova xícara e despejava café nela.

Depois que ele deu a xícara para Jolena, ele pegou alguns dos papéis que estavam espalhados sobre a mesa da cozinha para dar algum espaço para que ela pudesse se sentar.

Depois de se sentar na cadeira e tomar um gole de café, Jolena perguntou: "Você ligou para Ava ontem? Qual foi a reação dela?"

Joe sentou-se em frente a Jolena e fechou seu laptop para olhar para ela. "Eu liguei. Ela adoraria trabalhar lá. Ela vai se encontrar com o chefe da clínica na próxima semana, para se familiarizar. Mas ela tem algumas dúvidas."

"Do que ela duvida? É perfeito para ela." Jolena balançou a cabeça; ela não entendia, realmente. Se ela recebesse uma oferta assim, ela não duvidaria por um segundo.

"Bem, por causa da distância, ela teria de se mudar para Miller Creek," Joe explicou. "O trânsito não é brincadeira, e os últimos quilômetros são todos de estradas de terra sem iluminação pública, subindo as montanhas.

"Visitei minha irmã algumas vezes e, quando está escuro, não é muito agradável dirigir até lá. Ava não quer ir tão longe e tem medo de sentir muito a nossa falta. Não há ninguém que ela conheça lá.

"E por ser uma comunidade fechada, pouco se sabe sobre as pessoas que vivem lá. Então, eu entendo que ela está hesitante sobre isso."

"Eu acho que entendi." Jolena pensou um segundo antes de continuar. Ela estava curiosa sobre as pessoas naquela comunidade. "Mas você esteve lá. O que você sabe sobre essas pessoas?"

"Não muito. Quando eu não estava com minha irmã, eu estava caminhando nas Montanhas Cinzentas," Joe respondeu.

"As pessoas lá não gostam de forasteiros. Além da equipe da clínica, só conheci um homem que era como o líder. Ele trabalha aqui em Litchley; ele é dono da Corporação Anderson no centro da cidade."

"Christopher Anderson?" Jolena perguntou, surpresa.

"Sim, você o conhece?"

"Não pessoalmente, mas já ouvi falar dele. Ele é um dos empresários mais famosos da cidade. Diz-se que ele é um homem duro, não é bom trabalhar com ele.

"Ele está ganhando milhões, então todo mundo quer estar do seu lado bom. Mas o que um homem como ele faria no campo? Eu não entendo."

"Não sei o que ele está fazendo lá, mas ele está mais lá do que aqui na cidade. Ele tem sua equipe que cuida de seus negócios quando ele está fora da cidade, e eles o contatam quando ele é necessário.

"Isso é tudo que eu sei," Joe disse com um encolher de ombros. Ele abriu seu laptop novamente e procurou em sua bagunça para encontrar um artigo em particular. "Desculpe, eu tenho de fazer algum trabalho. Podemos conversar mais tarde?"

"Claro, desculpe por distrair você," Jolena respondeu enquanto caminhava em direção à porta da cozinha. "Eu estou indo para a loja para comprar alguns mantimentos mais tarde, você precisa de alguma coisa?"

"Não, estou bem, obrigado", disse Joe.

Jolena entrou em seu quarto para pegar suas chaves e seu telefone. Ela não parava de pensar na comunidade na floresta. Ela pegou seu laptop e sentou-se na beira da cama para procurar informações sobre ela.

Havia pouco a saber, apenas algumas notícias sobre incidentes com lobos perto da Estação Miller Creek.

Quando Jolena saiu um pouco depois, seu telefone tocou. "Ava! Como você vai?"

"Ei, Jolena, estou bem, obrigada. Eu queria saber se você está em casa agora. Eu gostaria de ir aí e bater um papo," Ava disse, bem direto ao ponto.

"Na verdade, acabei de sair para pegar algumas coisas. Quando eu voltar, tenho algum tempo", disse Jolena. "Você pode vir e podemos pegar um pouco de comida, se quiser. Como nos velhos tempos, apenas Joe, você e eu."

"Parece divertido", disse Ava com entusiasmo. "Vou por volta das quatro então. Eu trarei o vinho."

"Certo, vejo você depois então."

Jolena voltou para casa uma hora depois e encontrou Joe na cozinha novamente. Ele ainda estava trabalhando em seu laptop, com uma bagunça ainda maior do que quando ela saiu.

"Ei, estou de volta", disse ela. "Ava ligou. Ela estará aqui em alguns minutos."

"Hmm, vamos comer alguma coisa?" Joe perguntou.

"Essa era a intenção, sim. Ela queria conversar."

Ambos olharam para cima quando a campainha tocou. Jolena caminhou até a porta da frente e deixou Ava entrar. Elas se abraçaram e então tropeçaram na cozinha. Ava correu para Joe com os braços abertos para lhe dar um abraço de urso.

"Oh, meu Deus, eu não consigo respirar," Ava reclamou, sorrindo. "Não aperte com tanta força."

"Ava, meu amor, eu senti sua falta!" Joe provocou. "Como você está hoje? Você pensou naquela oferta de emprego?"

Jolena pegou alguns copos, serviu refrigerante e entregou as bebidas para Joe e Ava.

"Eu pensei", disse Ava. "Eu irei lá na quarta-feira para conhecer sua irmã. Discutiremos os detalhes sobre o trabalho e depois veremos a partir daí. A propósito, sua irmã parece genuinamente legal."

"Ela é", disse Joe, depois de tomar um gole de sua bebida. "Você vai por conta própria? Você quer que eu vá lá com você? As estradas em Miller Creek são muito escuras à noite."

"Isso não é realmente necessário. Eu posso dormir lá e voltar depois do café da manhã na manhã seguinte."

"Bem, eu espero que você goste de lá. A floresta de lá realmente tem algo mágico."

Jolena finalmente se juntou à conversa quando disse: "Eu gostaria de poder ir junto. Eu realmente poderia usar um pequeno passeio para me livrar de um pouco de estresse. Pelo que você diz, deve ser bom explorar a floresta."

"É bom caminhar por lá, sim, principalmente pelas trilhas que sobem as Montanhas Cinzentas. Mas só quando está claro. Quando o sol não está brilhando, pode ser muito místico lá," Joe disse, seguido pelo ronco de seu estômago.

Ele deu um tapinha no estômago. "Vocês estão com fome, porque esse cara definitivamente está. Já devo encomendar?"

"Parece uma boa ideia," Jolena disse, e Joe pegou seu telefone e saiu para pedir comida.

"Você gostaria de vir?" Ava perguntou a Jolena. "Você acha que pode tirar dois dias de folga do trabalho?"

"Eu não sei," Jolena suspirou. "Mas eu poderia usar algum tempo de folga. Só não quero ser um fardo. Afinal, não fui convidada."

"Vou perguntar a Adina. Eu poderia dizer a ela que não me sinto confortável viajando sozinha," Ava sugeriu. "Eu poderia usar algum apoio moral, e a viagem seria mais divertida também. Levar Joe não seria tão divertido, eu acho."

Eles sorriram.

"Vou ligar para a minha gerente amanhã de manhã. Espero que ela me dê uma folga," Jolena disse.

Era incrivelmente cedo na quarta-feira de manhã quando o alarme de Jolena tocou. Normalmente, ela apertaria o botão soneca algumas vezes antes de se levantar, mas não hoje. Ela rapidamente se levantou e se preparou para o dia.

Ela encheu uma mochila com algumas roupas, sapatos e os produtos de higiene que precisava. Ela também pegou seu telefone, sua carteira e suas chaves e os colocou em uma pequena bolsa. Ontem, ela pediu dois dias de folga e, surpreendentemente, ela conseguiu.

Ela informou Ava, e Ava fez todos os arranjos. Iriam de trem em vez de carro, e encontrariam alguém da comunidade.

Joe não estava muito feliz com ela indo com Ava em vez dele, mas ele entendeu que ela realmente precisava disso.

A viagem de trem foi bem tranquila. Elas falaram sobre a vida amorosa de Jolena, ou melhor, sobre a falta dela. Ava disse a Jolena que ela realmente precisava sair com mais frequência. Ela achava que Jolena precisava ver mais do mundo.

Quando chegaram à Estação Miller Creek, a estação onde tiveram de descer, estava cinza e chuviscando lá fora. A estação era pequena e parecia um pouco degradada. Parecia não ter sido muito usada.

A estação era cercada pela floresta; para onde quer que olhassem, havia árvores grandes e altas. À distância, elas viram as enormes Montanhas Cinzentas. Grandes, fortes, majestosas e indestrutíveis. Como se estivessem tentando tocar o céu.

Você só podia se sentir submisso quando olhava para elas.

No final da plataforma estava um homem alto e musculoso. Quando se aproximaram, ele deu um passo à frente, estendeu a mão direita e se apresentou.

"Bom dia. Meu nome é Danny. Vocês são Ava e Jolena? Estou aqui para buscá-las e levá-las para Miller Creek."

"Oi, eu sou Jolena." Ela pegou a mão dele para apertar.

"Ava," Ava disse, e ela apertou a mão dele também.

Ele a encarou por um momento, ainda segurando sua mão. "Companheira," ele sussurrou, mas Ava e Jolena não ouviram.

"Bem, você pode soltar agora", disse Ava com um sorriso divertido.

"Er, sim, desculpe." Ele parecia um pouco distraído, quase nervoso, e suas bochechas ficaram vermelhas. Ele rapidamente se virou e caminhou até uma SUV preta.

As meninas não perceberam seu comportamento nervoso quando entregaram suas malas e ele as jogou no porta-malas. Então ele abriu a porta da frente e entrou atrás do volante.

"Apertem os cintos, por favor, e se segurem firme", disse ele. "Será um passeio conturbado."

Seu olhar estava na estrada enquanto tentava evitar os grandes buracos na estrada de terra, mas às vezes seus olhos disparavam para a direita onde Ava estava sentada. "Como foi sua viagem de trem?" Ele perguntou.

"Foi boa," Ava respondeu. "Na verdade, foi extremamente confortável. Quase não havia pessoas no trem. E também não houve atrasos."

"Você teve muita sorte, então", disse Danny. "Nesta parte da pista, há atrasos quase todos os dias."

"Por quê?" Jolena perguntou curiosa por trás.

Danny ficou um pouco tenso, mas não o suficiente para as meninas notarem. "Há muitos lobos selvagens por aqui. Eles ficam nos trilhos e, portanto, causam atrasos."

"Lobos?" Ava perguntou, surpresa. "Vamos vê-los?"

"Talvez, mas não é muito provável", respondeu Danny.

"Eles são perigosos?" Perguntou Jolena.

"Alguns são, outros não. Não dá pra saber. Os lobos ao redor da estação são definitivamente perigosos, mas há alguns mais longe na floresta que são amigáveis."

Eles dirigiram por mais meia hora antes de verem um grande prédio de tijolos brancos aparecer entre os arbustos.

"Aquela é a clínica?" Ava perguntou com entusiasmo.

"Sim, é. Foi recentemente renovada. Parece boa, certo?" Danny disse com orgulho. "Vamos visitá-la mais tarde, mas primeiro vou mostrar onde vocês vão ficar."

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